Dólar segue tendência no exterior e cai 1,25% ante o real

A moeda norte-americana caiu 1,25 por cento, a 3,1346 reais

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A moeda norte-americana caiu 1,25 por cento, a 3,1346 reais

O dóar fechou em queda ante o real nesta terça-feira (2), refletindo um cenário externo favorável diante de números positivos sobre os preços ao consumidor na zona do euro e esperanças de solução do impasse envolvendo a dívida da Grécia.

A moeda norte-americana caiu 1,25 por cento, a 3,1346 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 895 milhões de dólares. “Foi o alívio no exterior que se espalhou para os mercados domésticos”, resumiu o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.

Dados melhores que o esperado sobre a inflação na zona do euro corroboraram o bom humor nos mercados externos, afastando a ameaça de deflação que tem preocupado os mercados financeiros e o Banco Central Europeu (BCE). Com isso, o euro operava em alta de cerca de 2 por cento ante o dólar.

Além disso, a Grécia disse nesta terça-feira que enviou uma proposta abrangente de reforma aos seus credores internacionais, pedindo que sejam realistas e aceitem o plano para chegar a um acordo que libere a ajuda congelada para o país antes que Atenas fique sem dinheiro.

Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional acertaram os termos de um acordo a ser apresentado à Grécia, em uma tentativa de concluir quatro meses de negociações da dívida.

“Parece que a novela da Grécia está acabando e o mercado fica bastante aliviado com isso”, afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Investidores também continuam monitorando a postura do Banco Central brasileiro em relação às ofertas de swap cambial, após a autoridade monetária sinalizar que rolará cerca de 80 por cento do lote que vence em julho. A incerteza sobre postura do BC ganha importância tendo em vista as expectativas cada vez mais firmes de que o Federal Reserve elevará os juros dos Estados Unidos ainda neste ano.

“O mercado quer saber quais vão ser as condições quando isso acontecer, se o BC vai continuar fornecendo liquidez”, resumiu o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. O BC já rolou o equivalente a 684 milhões de dólares, ou cerca de 8 por cento do lote total, que corresponde a 8,742 bilhões de dólares.

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