Com preço perto de R$ 70, gás de cozinha pressiona orçamento familiar
Com preço elevado, até fogão a lenha está sendo cogitado
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Com preço elevado, até fogão a lenha está sendo cogitado
Variando entre R$ 54 e R$ 68, o preço do gás sofreu reajustes bastante amargos para o consumidor, em Campo Grande. Há pouco mais de um mês, o preço médio do botijão não passava de R$ 50, e agora, difícil é encontrar um lugar que comercialize o produto por menos de R$ 60. “A orientação da Copagaz é de R$ 68. Só que a gente não consegue jogar isso de uma vez só no consumidor. Ninguém aceita”, explica a Priscila Ferreira de Matos, de 32 anos, proprietária de uma distribuidora na região norte da cidade, que tem praticado o valor de R$ 60.
Anésio Rodrigues de Carvalho, vendedor de gás na mesma região, explicou que só no último mês, o preço gás sofreu três reajustes, sem contar o aumento no preço do combustível, que também reflete no valor final do botijão. “O preço subiu R$ 8,50 em menos de um mês, sem contar a gasolina que está mais cara. Tivemos que diminuir nossa margem de lucro para não perder as vendas. Mas até o final do ano vamos ter que repassar os valores ao consumidor”, argumenta.
A aposentada Glória Borges, de 72 anos, destacou que o problema não se resume ao gás. “É tanto aumento junto. Sobe gás, sobe luz, cesta básica. O preço da carne está pela hora da morte. Ta difícil manter a casa hoje em dia, ainda mais pagando aluguel”.
O discurso também é repetido por Joilson, que apesar de fornecedor, também tem que ajustar as despesas da casa aos reajustes atuais. “O gás em si não é o agravante, porque na maioria das residências é um botijão por mês. O negócio pega mesmo são nas contas de água e luz, sem falar na gasolina e agora, com esse monte de buracos que se espalharam pelas ruas da cidade, a manutenção dos veículos”, diz.
No restaurante de Adriana Cristina Camargo de Oliveira, de 38 anos, como o consumo do gás é muito intenso, de 4 e 5 botijões de 13 quilos por mês, a comerciante decidiu aderir aos botijões maiores, de 45 quilos, que hoje, estão sendo vendidos na casa dos R$ 230. “No mês passado eu estava comprando a R$ 190. Como eu uso três por mês, eu tive um aumento de R$ 120 nas despesas mensais”. O aumento, segundo ela, refletiu diretamente no preço do produto final.
Para não perder os clientes, o jeito foi vender espetinhos crus, pelo valor de R$ 1. “O cliente leva e assa em casa. Como o valor é baixo, agrada a todos e eu economizo com o gás”.
Cristina Olarte Martins, de 44 anos, faz bolos para complementar a renda, já que é divorciada e tem que arcar com as despesas da casa e dos dois filhos sozinha. A confeiteira, que usa em média três botijões por mês, diz que está preocupada com as vendas do fim de ano. “Com o aumento eu to gastando pelo menos R$ 30 a mais por mês, parece que não é muito, mas para quem vende um bolo á R$ 12, o valor é bem significativo. Os mini-panetones de final do ano virão mais salgados. O difícil será explicar isso para os clientes”.
No meio de tanto reajuste, ainda houve quem brincasse com a situação, dizendo que o jeito agora, será reativar os fogões a lenha. “Uma cliente antiga e veio e me disse: é melhor você começar a vender lenha, porque com esse preço eu acho que vou ter que reativar meu fogão”, contou a comerciante Adriana.
Reajuste
O preço do botijão de gás sofreu reajuste no dia 1º de setembro, ficando 15% mais caro. Segundo a Petrobras, este é o primeiro aumento do preço do gás de cozinha desde dezembro de 2002.
No dia 24 do mesmo mês a petroleira anunciou novo aumento, de 11% no preço do gás liquefeito de petróleo (gás LP) nas refinarias em todo o Brasil.
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