O aumento em abril para produtores atingiu 4,18%

Depois da alta da energia elétrica, água e combustíveis, o próximo a sofrer aumento será o leite. De acordo com o Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios de mato Grosso do Sul), o repasse do litro do leite está em estudo, mas já deve acontecer depois da alta de 4,18% no mês de maio.

Com uma média diária de uso do produto de 30 mil litros, o proprietário de uma panificadora, Valter dos Santos, afirma que no final vai ter que fazer o repasse para o consumidor. “Não tem como não repassar, e aqui (padaria) 90% dos produtos tem como matéria prima o leite”, ressalta Valter que ainda diz que com tantos aumentos muitos já não estão conseguindo manter as portas abertas.

Jaqueline Anache, de 52 anos, ressalta que quem sofre com estes aumentos é a dona de casa que acaba tendo que fazer malabarismos com o orçamento doméstico. “No final temos que substituir marcas, procurar mais barato por que não tem como substituir o leite”, fala.

O empresário João Carlos, de 59 anos, afirma que é mais peso para o bolso do consumidor. “Está tudo um absurdo, e o negócio é consumir menos, mas não tem como deixar de comprar”, diz.

De acordo com informações do Conseleite (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite de Mato Grosso do Sul) de abril para maio o valor do litro do leite foi de R$ 0,77 para R$ 0,81 para maio. Com a restrição de produto ofertado, a tendência é que  tenha um reajuste a cada mês, principalmente por causa da estiagem que se aproxima.

A variação do litro do leite em algumas gôndolas de supermercados pode ir de R$ 2,04 no caso do leite de saquinho, e de R$ 2,69 a R$ 3,09 no caso do leite de caixinha. O aposentado, Joel Moreira, de 69 anos, ressalta que agora vai ter que reduzir o consumo em casa. “Vou ter que tomar leite só pela manhã, só tomar o necessário”, diz