Alimentos têm aumento de quase 9% nos últimos 12 meses

No acumulado dos últimos 12 meses conta do supermercado está pesando no bolso

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No acumulado dos últimos 12 meses conta do supermercado está pesando no bolso

A inflação dos preços dos alimentos caiu em fevereiro, em relação a janeiro. Mas no acumulado dos últimos 12 meses, a conta do supermercado já está pesando no bolso. Os brasileiros têm de pesquisar quando vão fazer as compras.

Cada um dá o seu jeitinho para fugir da alta dos preços: substitui marcas, pesquisa em mais de um supermercado, vai comprando aos poucos para aproveitar promoções ao longo da semana. Não está fácil encher o carrinho.

Cada um dá o seu jeitinho para fugir da alta dos preços: substitui marcas, pesquisa em mais de um supermercado, vai comprando aos poucos para aproveitar promoções ao longo da semana. Não está fácil encher o carrinho.

É só dar uma voltinha pelo supermercado que a gente já começa a ouvir reclamações. “Está subindo demais. Cada vez que você vai no mercado, está mais caro”, afirma a dona de casa Maria Cecília Lopes Pedrosa. “Está muito caro. Muito caro. Está difícil. A gente está procurando os mais baratos no meio do mercado”, diz a acompanhante Maria Silva do Carmo.

Em fevereiro, a inflação dos alimentos caiu um pouco em relação a janeiro, como mostra o levantamento do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mas quando se olha para aqueles que estão sempre à mesa, é que vem o susto. Caso da cenoura, do feijão mulatinho, da cebola e da farinha de mandioca. A salada também ficou mais cara. No acumulado dos últimos 12 meses, o grupo alimentação e bebidas apresenta alta de quase 9%.

“Não é impressão. Eles subiram de fato. Tivemos várias questões envolvidas, desde a estiagem que influencia no preço dos alimentos, até gasolina, energia elétrica, tudo isso influencia nos custos”, afirma o educador financeiro Mauro Calil.

Fazer supermercado é uma coisa rotineira. Por isso mesmo, é importante se planejar antes de ir às compras. Medidas simples como pesquisar preços e substituir produtos podem render uma boa economia. “Eu vou na outra marca mais barata. Acho que todo mundo é assim, vai onde é mais barato”, comenta a aposentada Aurora Lopes Pedroso.

Está certinha Dona Aurora. Mas essa é só uma das dicas. Em vez de comprar produtos semiprontos como lasanha congelada, por exemplo, compre os ingredientes para fazer em casa. Procure por frutas da estação que, geralmente, são mais em conta. Comprar alimentos sempre na quantidade que realmente será consumida evita desperdício de comida e de dinheiro. E ir com mais frequência ao supermercado ajuda a aproveitar mais produtos em promoção. Dependendo do preço, vale a pena até comprar mais para deixar guardado em casa.

E é bom ficar de olho aberto. Tem supermercado que promete cobrir os preços da concorrência. “Maior cuidado é não fazer gastos tolos, por impulso. Então vá com uma lista, vá planejado e mantenha-se dentro daquela lista. Eventualmente, você esqueceu de alguma coisa que não está na lista mas tem que ser uma eventualidade”, recomenda Mauro Calil.

“Não há truque. Você deve simplesmente pensar na reeducação do que você compra, como você compra, como você escolhe, que tipo de alimento você vai eliminar da sua alimentação”, diz a professora Rita Guimarães.

A Mônica não abre mão de pesquisar. Seja lá o que for. Ela até tira foto do produto para comparar preço e qualidade em outros lugares depois. “Eu consigo driblar, consigo fazer com que sobre dinheiro para passeio, lazer, viagem e etc. Agora se a pessoa não pesquisa, começa o mês, já começa bem no vermelho, então tem que pesquisar”, diz a professora

 

Mônica Martins.

Muitos consumidores levam para os supermercado panfletos de propaganda da concorrência para tentar o menor preço.

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