Mulheres metem a mão na massa e ganham espaço na construção civil de Campo Grande

Dados do Sintracom-CG revelam que a quantidade de mulheres atuando no setor dobrou entre os anos de 2013/2014

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Dados do Sintracom-CG revelam que a quantidade de mulheres atuando no setor dobrou entre os anos de 2013/2014

A delicadeza das mulheres tem feito a diferença no ramo da Construção Civil em Campo Grande. Quem disse que o canteiro de obras não é o nosso lugar? Só se a mulher não quiser, está é a resposta.

A notícia que corre é que elas desempenham melhor que os homens a parte de acabamentos das construções. Dados do Sintracom-CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande) revelam que a quantidade de mulheres atuando no setor dobrou entre os anos de 2013/2014; hoje aproximadamente 600 investem na área.

“Começamos a perceber o aumento de mulheres nos canteiros de obras em 2012. Hoje vimos que o número cresceu e deve ampliar ainda mais em 2014”, comenta o presidente do sindicato, José Abelha Neto.

Abelha considera ainda o interesse da mulher pelo setor, que, até pouco tempo atrás era limitado aos homens por ser rotulado como um lugar de ‘trabalho pesado’. Apesar disto as mulheres metem a mão na massa, literalmente, e chegam a trocar os trabalhos de faxina pelos da pintura, aplicação de gesso, rejunte e até o de assentar pisos.

Segundo o sindicalista a função inicial desempenhadas pelas mulheres no primeiro contanto com um canteiro de obras é a de servente. A remuneração para o cargo é de aproximadamente R$ 790. Depois de algum tempo de experiência, as mulheres podem receber por mês R$ 2,5 mil, e conquistar o posto de encarregada de obra.

“Com a chegada da tecnologia os serviços foram se modificando, tem coisas que precisam ser feitas com mais capricho e nisto é que elas se destacam. No começo houve preconceito, mas os homens se adaptaram”, observa Abelha.

Contratada há apenas 1 mês, a servente Jerônima Benitez, de 59 anos, comenta que a profissão não é tão ‘pesada’ como comentam por aí. Segundo ela, o gosto de construção civil começou desde cedo, quando ajudava o pai nas obras.

“Eu faço de tudo, carrego tijolo, cimento, tiro entulhos. Meu pai sempre trabalhou na obra e eu o ajudava bastante, cresci gostando da profissão”, lembra.

E se engana quem pensa que por trabalhar na construção civil as mulheres ficam menos vaidosas. “Eu cuido das minhas unhas, mantenho a vaidade feminina”, finaliza Jerônima.

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