Natura, a gigante do setor da beleza, mantém briga contra o imposto cobrado em MS
Multinacional moveu ação judicial contra o pagamento antecipado de ICMS, mas o Tribunal de Justiça deu ganho de causa ao Estado
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Multinacional moveu ação judicial contra o pagamento antecipado de ICMS, mas o Tribunal de Justiça deu ganho de causa ao Estado
A empresa de cosméticos Natura, uma das maiores do gênero de beleza do País e que teve hoje o recurso negado pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul por conta de uma briga judicial contra a antecipação e o percentual cobrado de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), declarou que vai acatar a decisão judicial, porém continuará lutando contra o que eles consideram exagero de impostos. A multinacional pretende recorrer a outras instâncias judiciais.
De acordo com a assessoria de imprensa da Natura, a empresa vai continuar discutindo judicialmente com o governo estadual o valor de imposto estadual referente aos produtos comercializados por suas consultoras e consultores no Estado.
Em nota enviada a redação do Midiamax, a Natura declarou que considera ”um exercício de cidadania e um dever de empresas transparentes e éticas, questionar judicialmente, sempre que pertinente método de apuração de tributos, assim como valores de parte dessas cobranças.”
Apesar de acatar a decisão judicial, a Natura afirmou que vai continuar depositando em juízo os impostos exigidos, conforme previsto em lei para garantir que a empresa continue em dia com os impostos.
“A Natura recebeu a decisão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul com tranquilidade. A empresa irá seguir todo o trâmite jurídico possível em busca da solução mais equilibrada para a questão, que não penalize a atividade de Consultoria Natura e, ao mesmo tempo, garanta recursos para o Estado cumprir seu papel”, informaram.
Tribunal de Justiça
Na tarde de hoje, o TJ-MS negou o recurso movido pela empresa, que é considerada uma das mais importantes do setor de beleza do Brasil. A disputa em questão envolve a cobranças de impostos. Até agora, o multinacional depositava o imposto em juízo por discordar da regra tributária estadual.
A empresa considera um exagero a cobrança de imposto fixada sobre os seus produtos, algo em torno de 40%. Já o Estado se defende ao afirmar que o tributo aqui cobrado cumpre as normas econômicas e o percentual seria até menor do que o estabelecido em outros estados.
Pela regra estadual, a empresa paga o imposto antes de negociar seus produtos. Presume-se um lucro, daí fixa-se o valor do tributo. Ocorre que de dois anos para cá, a multinacional tem discordado do valor pagado como imposto por acreditar que seus lucros têm sido achatados pelos tributos.
Na primeira investida judicial, a Natura conseguiu convencer os magistrados e o dinheiro do imposto era depositado numa conta controlado pelo Judiciário. Com a decisão de hoje, o recurso terá de seguir para o cofre estadual. O governo do Estado não informou quanto arrecadará com a multinacional.
Alta carga tributária
O Midiamax vem demonstrando o quanto a alta carga tributária cobrada em Mato Grosso do Sul, faz com que muitos empresários sintam-se desmotivados e enfrente dificuldades de re-investimento, melhoria de salários e concessão de benefícios aos funcionários.
Em junho, uma pesquisa mostrou que MS é um dos estados que mais oneram o cidadão em impostos. Na ocasião, um empresário do setor industrial e comercial declarou que “queria ganhar 10% de salário do que eu pago de imposto”, desabafou o empresário que preferiu não se identificar por questões de segurança. Ele que tem indústria e comércio na área ambiental, acredita que uma carga tributária menor seria melhor para todos.
“A carga tributária que pagamos é pesadíssima. Pagamos alíquota entre 12% e 17% de ICMS, mais 9,25% em cima do PIS [Programa de Integração Social] e Confins [Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social] e no caso da indústria, o imposto é maior, pois ainda há a tributação de 5% de IPI [Imposto sobre Produto Industrializado], ou seja, pagamos muito imposto e o retorno é muito pequeno”, disse na ocasião.
Trabalhador
Para o trabalhador, o pagamento de impostos também é oneroso. Uma família de quatro pessoas com renda per capta de um salário mínimo [total de R$ 2.040] e com patrimônio de R$ 50 mil reais, trabalha 156 dias por ano somente para pagar impostos.
Sobre o salário recebido, o trabalhador aqui ilustrado paga R$ 160,79 [7,88%]. Uma taxa que poderia ser considerada até baixa, porém, sobre o consumo geral de R$ 1.920 [despesas básicas e gerais], o Trabalhador pagou R$ 626,10 [30,69%] em impostos embutidos no preço final de produtos e serviços.
Por mês, em média, o Trabalhador da nossa matéria paga R$ 911,89 em impostos, o que representa 44,7% do salário recebido. E além do trabalhador, o empregador também paga imposto sobre o salário pago ao empregado.
No caso do nosso “Trabalhador”, o empregador dele pagou mais R$ 896,78, ou 43,96% do salário. Fazendo as contas, os dois juntos pagaram R$ 1.808,68 ou o equivalente a 88.66% do salário pago ao trabalhador que ganha quatro salários mínimos.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Acostamento de vias na elaboração e na contratação de projetos de engenharia é tema de debate na Alems
Deputado Caravina prevê que “a implantação de acostamentos nas rodovias estaduais, sem dúvida, diminuirá consideravelmente os riscos de acidentes”
Engavetamento com seis veículos deixa trânsito lento na Avenida Afonso Pena
Dentre os envolvidos estão uma BMW X4, uma Chrysler Caravan, um VW Polo e dois VW Gol
TCE-MS pede suspensão de licitação milionária para compra de uniformes escolares de Itaquiraí
Tribunal apontou irregularidades no processo licitatório
Chuva de meteoros poderá ser vista em Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira
A chuva de meteoros Geminídeas terá seu pico na sexta-feira (13)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.