Na véspera das eleições, comerciantes apostam em rivalidade para lucrar em Campo Grande
Itens dos candidatos Jair Bolsonaro e Lula estão entre os mais vendidos no comércio
Aliny Mary Dias, Thalya Godoy –
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Faltando poucas horas para o tão aguardado domingo de Eleições, quando os brasileiros irão às urnas escolher os seus representantes para os próximos quatro anos, comerciantes de Campo Grande investem em itens de adversários políticos para lucrar.
De vendedores ambulantes a comerciantes da região central, as apostas são iguais. Itens verde e amarelo com o rosto do presidente e candidato a reeleição Jair Bolsonaro (PL) e outros com escritas e imagens do candidato Lula (PT), que quer voltar à presidência.
No centro de Campo Grande, na Rua Marechal Rondon, Bianca Oliveira, de 19 anos, lida diariamente com eleitores dos principais adversários na disputa da presidência. Eleitores de Bolsonaro e Lula fazem fila para garantir camisetas com as imagens dos candidatos.
Os itens custam em média R$ 30 e a vendedora conta que a polarização política faz até o clima ficar tenso na loja em alguns momentos. “Já aconteceu de clientes querendo camisetas do Lula e Bolsonaro se encontrarem na loja e o clima ficar tenso. Como comerciantes, tentamos sempre ter opções dos dois candidatos”, explica.
Camisetas do Brasil, inclusive para crianças, também estão entre os itens mais vendidos ultimamente, principalmente pela proximidade com a Copa do Mundo.
Vendedora ambulante, Luciana de Almeida, de 34 anos, conta que em poucas horas deste sábado vendeu mais de 80 bandeirinhas do Brasil a R$ 10 cada, e cerca de 40 camisetas do Bolsonaro. Nos altos da Afonso Pena, a vendedora decidiu investir em itens verde e amarelo para aproveitar o movimento de carreata de candidatos que apoiam o atual presidente.
Fernando Lunardi, de 37 anos, é ambulante há 10 anos e ultimamente trocou rosas por camisetas para garantir a renda. Além das camisetas verde e amarela, bandeiras com o rosto de Bolsonaro custam em média R$ 70.
O que pode vestir durante o voto no domingo
Uma das mais dúvidas mais comuns dos eleitores está relacionada a quais roupas pode ou não usar na hora de votar. Afinal, é permitido ir de bermuda e chinelo? E com a camiseta do candidato?
Existe uma série de regras previstas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que devem ser cumpridas na hora da votação. Esse conjunto de normas inclui permissões e proibições sobre o tipo de vestimenta que deve ser usada por mesários e fiscais e, claro, também pelos eleitores em geral.
Sobre o chamado ‘dress code’, não existe um específico determinado pelo TSE. Ou seja: o eleitor pode ir votar de bermuda e chinelo. E até mesmo descalço. O TSE autoriza que os eleitores entrem na sessão de votação sem nenhum calçado.
O Tribunal também permite que o eleitor use broches, adesivos, camisetas de partidos ou candidatos, mas tudo de maneira individual e silenciosa, para não caracterizar propaganda ou boca de urna, considerado crime eleitoral.
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