Consumidor não vai sentir queda de preço dos alimentos, revelam economistas

Para eles, o governo federal poderia te colocado os produtos da cesta básica, além de ter feito um estudo de impacto

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União vai ter mais controle sobre o que chega no Brasil (Foto: Tânia Rêgo, Agência Brasil)

O alarde feito pelo governo federal quando zerou a alíquota do Imposto de Importação para produtos como etanol, açúcar, macarrão, margarina, óleo de soja, café e queijo é só encenação e conversa fiada. O preço dos alimentos não vai cair. Isso porque, para economistas, o governo deveria ter feito um estudo de impacto e ter escolhido todos os produtos da cesta básica para que a população pudesse sentir a queda de preços a curto prazo.

Na avaliação de Daniel Frainer, Coordenador de Economia e Estatística da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o ideal seria o governo ter zerado a alíquota de todos os itens que compõem a cesta básica. “Infelizmente isso não foi feito e os impactos positivos para o bolso da classe assalariada serão minimizados. Era para ter feito um estudo mais detalhado. E se o varejo não quiser baixar o preço, ninguém vai sentir nada”, explicou Frainer.

Para Hudson Garcia, do Corecon/MS (Conselho Regional de Economia de Mato Grosso do Sul), os preços dos alimentos estão em alta em todo o mundo e nem a queda do dólar será suficiente para baixar os preços dos produtos. “Os preços dos cereais subiram 14,42% em fevereiro em todo o mundo. O brasileiro não vai sentir nada na ponta. A gôndola ficará do mesmo jeito. Se o cenário se mantiver assim, talvez sintamos algo no segundo semestre”, detalhou Hudson Garcia.

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