Com queda nos combustíveis, densímetro ainda é obrigatório nos postos de Campo Grande?

Você sabia que pode exigir teste de qualidade dos combustíveis nos postos?

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Etanol (Nathália Alcântara, Midiamax)

O preço dos combustíveis caiu em todo o território sul-mato-grossense e com o valor mais baixo vem a dúvida: como saber se a gasolina ou etanol abastecido é de qualidade? O Jornal Midiamax conversou com clientes de um posto de gasolina na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, para saber… alguém aí se lembra do densímetro? Pelo visto, outro método é mais popular.

No ‘olhômetro’

Abastecendo a sua moto, o microempresário Lucas Batista, de 22 anos, disse que faz a escolha de combustíveis após analisar o desempenho da sua moto. “Eu testo a qualidade nos postos. O que eu ver que minha moto começou a falhar eu não abasteço mais. Hoje abasteço só em três postos, porque eu já peguei muito posto que a moto fica falhando”, disse ele.

Em uma linha de raciocínio semelhante, o engenheiro civil Felipe Bortolazo, de 31 anos, abastece a sua moto nos postos que a gasolina rende mais. “Abasteço nos postos que sempre confio e vou controlando o rendimento do combustível. Se a moto não fez quilometragem e o rendimento cair bastante, eu não abasteço mais nele”, explicou Felipe.  

Técnica para as quatro rodas

Moradora do município de Costa Rica, o mecânico Wilknei Batist, de 32 anos, foi abordado pela equipe de reportagem enquanto abastecia em Campo Grande e também deu a sua contribuição sobre o tema. “Só abasteço quando já sei se é ruim ou não. Quando abasteço em outros eu observo se o carro começou a falhar, aí nos descartamos o posto. Ser der bom, nos abastecemos de volta”, explicou.

Na perspectiva da farmacêutica Patrícia Lemes, de 35 anos, a melhor opção é sempre colocar gasolina no mesmo posto. “Sempre abasteço aqui, moro perto. Não engasgando já está bom”, disse ela.

Teste de qualidade à disposição

No estabelecimento, a equipe foi informada que o densímetro que mede a qualidade do álcool fica sempre disponível ao lado da bomba. A gasolina e o diesel também possuem densímetro para aferição da qualidade dos combustíveis, mas ficam guardados e podem ser exibidos se o cliente pedir. “Às vezes aqueles que são mais antigos pedem, quem tem mais de 40 anos. Mas a maioria não sabe nem o que é isso”, explicou o gerente de pista de 54 anos.  

Lembre-se, o uso do aparelho nos postos é obrigatório, ou seja, qualquer consumidor pode pedir a testagem. Ele deve ter um selo de certificação visível e o processo todo de medição leva cerca de cinco minutos. Também é importante observar fatores que possam adulterar os resultados. Por isso, o densímetro deve estar limpo, sem adesivos ou outros objetos colados no vidro.

“O densímetro é um aparelho de vidro, calibrado, que, introduzido no combustível, em uma proveta de 1 litro, determina o valor da massa específica através da escala. A gasolina deve apontar um mínimo de 715 kg/m³ a 20°C. Ou seja, qualquer resultado encontrado abaixo desse valor denota que o combustível está fora das especificações recomendadas pelo órgão regulador.

Mesmo não existindo uma faixa média definida pela ANP, é importante ficar de olho nessa marcação mínima e, é claro, no desempenho do automóvel, que diz bastante sobre a qualidade do combustível usado.

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