Banco digital é investigado em MS por práticas abusivas após reclamações sobre consignados

MPMS instaurou inquérito civil para apurar conduta da instituição financeira

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O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil para apurar supostas práticas abusivas por parte do banco C6 Consig, após reclamações de consumidores que receberam cobranças por empréstimos consignados que não autorizaram. O edital de abertura do procedimento foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (18).

Conforme apurado, o Procon (Órgão de Defesa do Consumidor) de Três Lagoas recebeu no ano de 2020 inúmeras reclamações de clientes do banco que, em dado momento, passaram a notar descontos de empréstimos em suas contas. As vítimas informavam que não tinham contratado ou sequer autorizado a obtenção de qualquer serviço de crédito junto à instituição financeira.

Diziam ainda que, independentemente disso, tinham que arcar com os valores das parcelas e que, na maioria dos casos, não faziam ideia para onde o valor solicitado no empréstimo havia sido enviado. Assim, as denúncias foram encaminhadas ao MPMS por meio de uma notícia de fato que virou um procedimento preparatório e, por fim, diante de esclarecimentos, foi instaurado o inquérito.

“Apurar eventual prática irregular/abusiva do Banco C6 Consignado, acarretando danos aos consumidores de Três Lagoas”, lê-se no edital assinado pelo promotor de Justiça Fernando Marcelo Peixoto Lanza. A principal suspeita é de que os consumidores tenham sido vítimas de golpe em razão de problemas na avaliação dos pedidos de crédito junto ao banco.

Por meio de nota encaminhada pela assessoria de imprensa, o C6 Consig informou que está comprometido com o setor para melhorar os padrões de qualidade na contratação de crédito por meio de correspondentes bancários. Informou ainda que não faz venda direta de crédito consignado e desde abril dispõe de um novo protocolo para formalização de contratos. Veja a nota na íntegran a seguir:

“O C6 Consig é signatário das iniciativas de autorregulação da Febraban desde outubro de 2020 e está comprometido com os esforços da indústria para ampliar os padrões de qualidade na contratação do crédito consignado por meio de correspondentes bancários. O C6 Consig não faz venda direta de crédito consignado. Em abril, o banco incluiu um novo protocolo para a formalização dos contratos de crédito consignado contratado via correspondente bancário, que é a prova de vida biométrica na formalização dos contratos. A ferramenta maximiza as medidas de segurança em benefício ao consumidor. O C6 Consig ressalta que está comprometido com a resolução de todos os casos com reclamações. Nenhum cliente terá prejuízo financeiro. Permanecemos à disposição para colaborar com as entidades de defesa do consumidor”.

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