É muito comum ouvir comentários de que o ano está passando muito rápido. E, embora as percepções de tempo sejam relativas, fato é que o mês de novembro já está chegando. E, com ele, um dos maiores eventos do comércio começa a ganhar a cabeça e os bolsos dos brasileiros: a Black Friday que, este ano, acontece no dia 29 de novembro.

A sexta-feira em que os lojistas e comerciantes dão grandes descontos nos mais diversos produtos tem origem nos Estados Unidos e ganhou países como o Canadá, e Brasil.

Apesar de super tradicional nessas regiões, a Black Friday começou a ser adotada no Brasil apenas em 2010 e, aqui, diferentemente do que acontece em países como os Estados Unidos e Canadá, e não nas lojas físicas.

No Brasil a Black Friday começou no e-commerce. Com o passar dos anos e com o sucesso do evento, os empresários começaram a expandir a Black Friday para as lojas físicas.

Black Friday: dos Estados Unidos para o mundo

Pode-se dizer que a Black Friday é, hoje, um evento de sucesso mundial, já que diversos países adotam o grande dia de descontos. No entanto, a “Sexta-feira negra” teve a sua origem nos Estados Unidos.

Uma das versões mais aceitas do início da Black Friday é que policiais da Filadélfia apelidaram a sexta-feira posterior ao feriado de Ação de Graças (Thanksgiving) de “Sexta Negra” porque as pessoas aproveitavam a para ir às compras e lotavam as ruas de carros pretos.

Os comerciantes da cidade aproveitaram o apelido negativo e tentaram divulgar o feriado como um dos maiores eventos da região, cujo objetivo era recuperar a economia depois de tantos percalços.

É válido lembrar que, nos Estados Unidos, a Black Friday marca o início da temporada de compras de fim de ano.

Black Friday no Brasil: como tudo começou

A Black Friday chegou ao Brasil no ano de 2010 e, na época, apenas as lojas virtuais, chamadas de e-commerce, entraram na onda dos descontos. Na ocasião, foram movimentados quase R$ 3 milhões.

É válido lembrar, no entanto, que no começo os brasileiros apelidaram a Black Friday de “Black Fraude”, isso porque muitos sites alegavam dar grandes descontos em produtos e serviços, mas, na verdade, subiam o preço dos itens alguns dias antes, para, na data da Black Friday, dizer que davam um desconto de 50, 60 ou mesmo 70%.

Além disso, muitos sites tiveram problemas graves de sobrecarregamento e não conversão, ou seja, os clientes não conseguiam efetivamente comprar o que estavam nos carrinhos virtuais, mas eram eventualmente taxados pelas compras.

As artimanhas foram descobertas e os órgãos de defesa do consumidor, como o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), passaram a atuar de forma mais incisiva também durante o dia de descontos.

Os empresários também investiram mais na tecnologia de seus sites e e-commerces para evitar os problemas enfrentados pelos brasileiros.

Sucesso fez mais marcas aderirem

Se pudessem fazer uma previsão, poucos empresários poderiam prever que logo no primeiro ano da Black Friday a movimentação financeira seria tão robusta. Diante do sucesso, diversas marcas começaram a aderir e a expandir a Black Friday brasileira.

E o movimento não se limitou ao universo online, onde tudo havia começado. As lojas físicas também aderiram à sexta-feira dos grandes descontos. E, mais que isso, expandiram o dia de descontos para mais de uma semana.

Comportamento dos brasileiros tende mudar

Pode-se dizer que os brasileiros acostumaram a comprar na Black Friday pela internet e, com isso, muitos lojistas tiveram que ampliar os investimentos em seus sites e e-commerces.

No entanto, segundo uma pesquisa realizada pelo Google e divulgada no mês de setembro, o comportamento do brasileiro tende a mudar, pois cada vez mais as pessoas estão interessadas em comprar em lojas físicas durante a Black Friday.

Segundo o levantamento, em 2018, 52% dos brasileiros pretendiam comprar produtos e serviços pela internet durante a sexta-feira de descontos. Em 2019, esse percentual cai para 39%.

Ainda segundo os dados da pesquisa, os brasileiros estão mais dispostos a realizar as suas compras em canais múltiplos, como os e-commerces, aplicativos, e mesmo as lojas físicas. Das pessoas entrevistadas, 25% disseram ter interesse em realizar esses movimentos múltiplos de compra durante a Black Friday.