Dólar a R$ 4,38 espanta clientes nas lojas de importados da fronteira em MS

O dólar atingiu o maior valor da história e chega a R$ 4,21 no Brasil. Mesmo com o aumento da cota para importação na Fronteira, os dias de compras em Pedro Juan Caballero devem ficar para trás. As famílias que costumavam ir até a cidade e voltar com os carros carregados de eletrônicos, perfumes, maquiagens […]

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(Foto: Divulgação)
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O dólar atingiu o maior valor da história e chega a R$ 4,21 no Brasil. Mesmo com o aumento da cota para importação na Fronteira, os dias de compras em Pedro Juan Caballero devem ficar para trás. As famílias que costumavam ir até a cidade e voltar com os carros carregados de eletrônicos, perfumes, maquiagens e guloseimas importadas já nem consideram o passeio.

Se o dólar já está alto, nas lojas o valor é ainda maior. Em um dos locais preferidos pelos brasileiros para compras, o dólar chega a custar R$ 4,38. Com um valor tão alto, a viagem para fazer compras já não é atrativa e alguns consumidores apontam que os produtos chegam a custar até mais caro do que no Brasil.

A acadêmica de arquitetura e urbanismo Paula Fregatto conta que foi até Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã, pela última vez em março. Ela conta que procurou roupas e equipamentos musicais, mas os preços eram iguais ou até mais caros do que no Brasil, que tem a vantagem de parcelar a compra.

“Quando fomos em março, compramos comida, bebida e coisas de decoração, só. Não compensava comprar quase nada lá, valeu mais pelo passeio mesmo”, conta.

Fregatto conta que costumava viajar até o Paraguai com a família todos os anos, principalmente para comprar os presentes de natal. “Minha primeira guitarra comprei lá, as marcas eram boas e baratas. Comprávamos eletrônicos e comidas diferentes, que só tinham lá”, lembra.

A engenheira civil, sanitária e ambiental Ângela Fritzen, conta que costumava comprar artigos importados na fronteira, mas os já não considera a possibilidade com o dólar nas alturas. Ela conta que não comprou nada em Pedro Juan no último ano e que agora acha que compensa mais fazer compras no Brasil.

“Eu geralmente comprava doces, perfume e também já comprei um celular lá. Na época, o dólar já estava alto, só que ainda estava mais barato do que no Brasil”, conta.

A jornalista Andressa Oliveira também se lembra dos tempos de fartura com as compras no Paraguai. Segundo ela, a família toda viajava para a fronteira pelo menos uma vez por ano e ‘fazia a festa’. Entretanto, com a alta do dólar, as viagens foram ficando cada vez menos frequentes.

“Costumávamos comprar perfumes, desodorante, maquiagens, doces e alfajor. Compramos vários videogames e jogos, além de muita coisa da Kipling”, lembra.

Aumento da cota para compras na Fronteira

A partir de 1° de janeiro de 2020, o limite de compras isentas de impostos para quem cruzar a fronteira do Brasil por via terrestre ou rio terá o aumento de US$ 300 para US$ 500 por pessoa.

Para os lojistas da fronteira, o aumento da cota ajudará a ter maior movimentação nos grandes centros comerciais, principalmente, em épocas de férias que é em julho, dezembro e janeiro. O fator que pode interferir nas compras é o preço do dólar. “No atual momento o aumento do dólar é o principal fator que atrapalha o movimento do comércio, não está ruim, mas não há o mesmo fluxo que tinha anteriormente”, explica a assessoria da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero.

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