‘Black Fraude’? Estratégia de venda não convence e consumidores ficam insatisfeitos
A tão esperada Black Friday, período de vendas no comercio varejista, chegou em Campo Grande e consumidores encheram as lojas de shopping da Capital para verificar os preços. Tendência no país de origem, os Estados Unidos, o evento com preços promocionais acontece tradicionalmente depois do feriado de Ação de Graças, com filas a perde de […]
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A tão esperada Black Friday, período de vendas no comercio varejista, chegou em Campo Grande e consumidores encheram as lojas de shopping da Capital para verificar os preços.
Tendência no país de origem, os Estados Unidos, o evento com preços promocionais acontece tradicionalmente depois do feriado de Ação de Graças, com filas a perde de vista. Todos os consumidores têm um único objetivo: comprar produtos com descontos que podem chegar a até 90% do preço original.
No entanto, as estratégias de venda em lojas de shopping da Capital não agradaram os clientes que procuraram por produtos mais baratos nesta sexta-feira (23), deixando o período muito diferente do realizando nos EUA.
Só nome
Para o empresário Carlos Henrique Messias, os lojistas usam o nome da promoção para atrair os clientes, mas na verdade não há nada de descontos. “No dia a dia compensa mais. Não notei a mudança esperada para uma Black Friday. Usam muito o nome da promoção para vender o produto, mas no final acabamos comprando pelo preço final mesmo”, disse ao Jornal Midiamax.
#blackfridaybrasil
Eu vendo as “promoções” nas lojas pic.twitter.com/AzGN7jiRs2— Caio Braz (@_caiobraz) November 23, 2018
No cartão é mais barato
A estratégia de vendas de uma loja de eletrodomésticos chamou a atenção de Thayme Marotzki, empresária. Ela contou que foi até o shopping na intenção de comprar um celular e um tablete, aproveitando para conferir as ofertas da Black Friday.
“Avaliando os preços com os outros dias eu vi uma diferença muito pequena. Agora, se você fazer o cartão da loja, aí o desconto pode ser maior”, disse ela à reportagem.
Comprando mais, tem mais desconto
Outra estratégia que desagradou quem esperou pela promoção foi o de ‘compre mais e ganhe mais desconto’. Quem procurava por adquirir apenas um produto, se sentiu prejudicado com a oferta. Jussimar Carla Lopinto disse que lojas deixaram a desejar.
“Eu estou achando os preços exorbitantes para os anúncios da Black Friday. Em alguns casos está assim: compre 3 produtos e ganhe 30% de desconto, compre 4 produtos e ganhe 40% de desconto. Ou seja, a gente tem que comprar mais para ter mais desconto”, contou Jussimar.
Promoções a critério
Durante a fiscalização nas lojas de shopping nesta sexta-feira para averiguar preços e orientar consumidores, o superintendente do Procon, Marcelo Salomão, disse que lojas não são obrigadas a fazer promoções, mas quando anunciam um produto com desconto, deve honrar com que anunciou.
“O fornecedor não é obrigado a fazer promoção, acontece que se ele fazer uma oferta, ele tem que cumprir. O quer ele não pode é fazer uma falsa oferta para atrair o consumidor para a loja e não cumprir aquela oferta”.
O lojista que vender produtos na Black Friday é obrigado a dar suporte casa produtos tenham falhas, avarias ou danos, explicou Salomão durante a fiscalização.
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