Atendimento na loja O Boticário repercute no Facebook e psicóloga explica estresse de consumidora
Era para ser apenas uma troca de um vale-presente e no entanto se tornou um momento de extremo estresse de acordo com a filha de uma consumidora que levou o caso para o Facebook. Segundo a moça, sua mãe teria inclusive passado mal depois de se sentir constrangida em virtude do atendimento que recebeu na […]
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Era para ser apenas uma troca de um vale-presente e no entanto se tornou um momento de extremo estresse de acordo com a filha de uma consumidora que levou o caso para o Facebook. Segundo a moça, sua mãe teria inclusive passado mal depois de se sentir constrangida em virtude do atendimento que recebeu na loja O Boticário do Shopping Campo Grande. O estabelecimento soube da queixa apenas nesta segunda-feira e garante que já tomou diversas providências em razão da denúncia.
“Quando chegamos à vendedora com má vontade fez caras e bocas ao nos atender, ficava bocejando e nem se dava o trabalho de tampar a boca, com preguiça de apresentar opções de produtos, preguiça de apresentar as fragrâncias. Fiquei irritada com o descaso dela saí da loja. Minha mãe comprou um perfume mais caro que o vale, a caixa e a vendedora conversando não deram o troco, voltamos lá para reclamar e elas ficaram com cara feia para nós. Minha mãe ficou chateada com a desfeita das vendedoras, ela ficou muito mal”, relatou Gislaine Brites, de 26 anos, na AONDE NÃO IR EM CAMPO GRANDE, comunidade da Rede Social, especializada em Relações de Consumo.
Segundo Gislaine, ela e a mãe vivenciaram a situação no dia 2 de janeiro, quinta-feira, data em que a loja confirma ter sido de intenso movimento de trocas, o primeiro dia de funcionamento em 2014. Na troca, supostamente ocorrida às 18h30 do dia, Rosângela Brites Mendes, de 44 anos, adquiriu o perfume Floratta in Gold, tendo complementado um valor além dos R$ 50,00 que tinha de bônus com voucher.
“No carro quando voltávamos para casa ela foi ficando cada vez mais nervosa, tudo que ela não ficou na hora, por ter sido pega de surpresa. Acontece que nós sabíamos que aquela loja tem esse problema e relevamos isso no dia da troca. Não é de graça. O vale-presente é um título, devia valer como dinheiro e tivemos dificuldade para saber de outros produtos. Quando ela chegou em casa passou mal com pressão alta, inconformada com o que ocorreu. Queria até voltar lá”, complementa
Tensa com o tratamento recebido dentro da loja ela só lembrou minutos depois que não recebeu o troco na compra e conta dificuldades para receber o dinheiro mesmo com a nota. Um fator que irritou ainda mais Gislaine e Rosângela seria que as duas trabalham com vendas e por isso não aceitavam a forma com que teriam sido atendidas na loja.
“Ficamos sabendo disso só hoje, e já conversei com toda equipe a respeito. Inclusive liguei até para as que estavam de folga também. Acho impossível que uma operadora de caixa daqui tenha errado o troco, porque é uma operação básica. Li a denúncia e sei que boa parte do teor está ligada ao estado emocional ou frustração dela no momento da troca. A troca é bem mais complicada que a compra, pois o consumidor vem mais desconfortável. É possível que tenha havido um desencontro no atendimento porém não acredito em toda a situação registrada no Facebook. Vamos procurá-la para conversar e buscar entendimento”, diz a gerente de vendas do OBoticário do Shopping Campo Grande, Luana Duarte.
O estabelecimento não admite ter havido negligência da atendente ao mostrar produtos para a troca, já que as funcionárias são treinadas em caso de troca para buscar entender as melhores preferências dos clientes. O caso não foi levado ao Procon até o fechamento dessa reportagem.
“A reação tardia da consumidora é facilmente explicada por um fenômeno chamado na Psicologia de Deslocamento. Normal quando se desconhece o oponente, o que dificulta para medir forças. No entanto depois do evento é normal a pessoa canalizar o estresse para outra coisa. Ela só não debateu sobre o problema na hora porque deve ter se sentido exposta. Infelizmente na maioria dos estabelecimentos não possuímos pessoas realmente treinadas para um atendimento humanizado. Se a funcionária conforme a denúncia estivesse preparada saberia conduzir a situação para gerar um conforto maior na cliente”, explica a psicóloga Grace Freitas.
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