Época de compra de e de alerta para os pais sem tempo e que não querem pagar mais caro. Época também em que as denúncias de abusos de preços e listas são fiscalizadas pelos órgãos competentes.

No início deste mês, um pai se identificou e compareceu ao Procon para denunciar o Colégio Auxiliadora, afirmando que a escola “forçava” os pais a pagarem uma taxa única, sem a chance das pessoas pesquisarem o melhor preço.

“Como atendimento preliminar, nós entramos em contato com a direção e orientamos a diretoria a fornecer uma lista para os pais, o que antes não existia. O cliente pode e deve ter a opção de comprar em outro local, talvez até com um desconto bem lucrativo. Falamos com o pai novamente a aparentemente a situação estava resolvida”, afirma o diretor do Procon, Alexandre Rezende.

Porém, na sexta-feira (20), segundo o diretor do órgão, uma nova denúncia, mas desta vez anônima, chegou ao local. “A pessoa dizia na ligação que o problema persiste e por isso mandamos uma equipe para verificar o problema pessoalmente. O relatório da provavelmente fica pronto amanhã. Caso vire uma prática, o estabelecimento pode ser multado, com o valor calculado através de reincidência, porte econômico da empresa, entre outros”, explica o diretor.

O diretor orienta qualquer pessoa que se sentir lesada a entrar em contato com o 151 ou o site do Procon. “Sugerir e não forçar os pais ou responsáveis a comprarem material escolar em um estabelecimento, além de não cobrar uma taxa escolar como única opção para a compra dos livros em uma escola é a orientação do Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor), para aqueles que não querem pagar muito mais caro”, diz o diretor.

Opinião contrária

Ao contrário dos dois pais que denunciaram o fato ao Procon/MS, o comerciante Marcelo Zanelo, 35 anos, que matriculou este ano dois filhos no ensino fundamental da escola, acredita que a cobrança de uma taxa única de material escolar faz parte do método de ensino daquele estabelecimento.

“Pelo que eu entendi, faz parte de um padrão da escola, em que todos usam o mesmo lápis preto dentro de sala de aula e não cada um de um personagem, por exemplo. Realmente a pessoa não tem como pesquisar, fica a mercê da escola. Paguei R$ 600, mas acredito que é um preço bom, já que estão inclusos passeios, presentes e material escolar”, afirma o comerciante.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou conversar com a diretoria da escola, mas foi informada de que não poderia ser atendida nesta segunda-feira (23).