Você sabia? HRMS oferece toxina botulínica para tratamento de doenças neurológicas

O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) divulgou o início da utilização da toxina botulínica para o tratamento de doenças neurológicas. A aplicação da neurotoxina será utilizada para tratamento de dores musculares, torções, como torcicolos, deformidades nos membros e articulações.

A médica neurologista Aline Kanashiro explica que a distonia nem sempre tem uma causa evidente. Logo, a toxina botulínica reduz o excesso de contração muscular causado pela distonia. Com isso, o paciente tem alívio dos sintomas, pois os estímulos excessivos para a contração muscular são interrompidos e os espasmos musculares são reduzidos ou eliminados.

“Pode ter uma causa evidente e ser consequência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou de um traumatismo craniano, por exemplo, ou ser idiopática, que é quando a causa não é definida ou não pode ser identificada”, afirma.

Tratamento pelo SUS

O tratamento é paliativo e as reaplicações devem ocorrer no período de quatro a seis meses. Agora, com o Ambulatório de Toxina Botulínica no instalado, o HRMS amplia a área de atuação da neurologia e acesso ao tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Reny Garnacho, de 86 anos, foi a primeira paciente a receber o tratamento no hospital. A aposentada tem diagnóstico de blefaroespasmo, que é um transtorno neurológico que causa contrações involuntárias das pálpebras, resultando em piscar involuntário e fechamento dos olhos, desde 2009.

“Por conta disso, quase não estava conseguindo dirigir. Só conseguia quando era bem próximo de casa. E também não conseguia ler mais, pois meu olho estava fechando demais”, contou.

O tratamento está disponível para pacientes ambulatoriais encaminhados pela regulação estadual. “Iniciamos as tratativas para oferecer o tratamento no segundo semestre do ano passado. Com o apoio da SES e, em especial, da Casa da Saúde, conseguimos o treinamento da equipe de enfermagem, habilitação e também a disponibilização da toxina botulínica”, conclui a Diretora técnica do HRMS, a médica Patrícia Rubini.

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