Prefeitura de Amambai abre sindicância para investigar morte de bebê de quatro meses

A Prefeitura de Amambai abriu uma Comissão de Sindicância Administrativa para investigar a morte do bebê Emanuel Tobias Marques, de quatro meses, que faleceu após ser atendido em três unidades de saúde diferentes no município, a 351 quilômetros de Campo Grande, na terça-feira (14).
Conforme publicação no Diário da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), o Executivo quer apurar quais procedimentos foram adotados pelos profissionais que atenderam o menor. A comissão tem até 30 dias para concluir a apuração e elaborar o relatório final, que deverá ser encaminhado à Secretaria Municipal de Gestão.
Boletim de Ocorrência
A família do menor procurou a delegacia após o óbito. Segundo o registro policial, na manhã do dia 13 de janeiro, o pai levou o menino, que estava com febre e náuseas, à Unidade Básica de Saúde da Vila Guape, onde a médica receitou Bromoprida, Dipirona Sódica e Provance Mini, para um suposto quadro de virose.
Durante a tarde do mesmo dia, o bebê não apresentou melhora e foi levado ao Posto Central da cidade, onde foi atendido por uma pediatra. Lá, foi receitado Amoxicilina, Dipirona em gotas e Floax, devido a uma avaliação de inflamação na garganta.
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Posteriormente, na madrugada do dia 14, por volta das 4h20, o bebê teve febre de 38°C e o pai decidiu levá-lo ao Hospital Regional de Amambai. Ele foi atendido pelo médico e por um técnico de enfermagem. No hospital, foi feita uma compressa fria com água e álcool para diminuir a febre. O médico perguntou à família como Emanuel estava e os pais disseram que ele continuava com febre, náuseas e vômitos.
O médico indagou se a criança já havia tomado dipirona. O pai respondeu que não, apenas paracetamol. Conforme o prontuário apresentado na delegacia, foi então administrado paracetamol às 5h15, e, após 30 minutos, por volta das 5h44, foi aplicada dipirona via intramuscular.
Por volta das 6h20, o bebê apresentou 37,6°C de febre e recebeu alta. Contudo, duas horas depois, Emanuel apresentou aspecto cianótico e hipotermia. A família retornou ao hospital com a criança às 9h, e ela apresentava quadro com 34°C de temperatura corporal. O menor foi atendido pelos médicos, que iniciaram procedimentos como o aquecimento do corpo com manta térmica.
Cerca de 35 minutos após a entrada na unidade hospitalar, o bebê sofreu parada cardiorrespiratória. Foi feita a aplicação de adrenalina e iniciada a intubação, porém os médicos registraram o óbito do menino às 10h.
À Polícia Civil, a família solicitou um novo laudo médico (anatomopatológico, exame de sangue e DNA) para comprovar a causa da morte, além de um pedido para que esse processo fosse realizado em outro laboratório da cidade. O caso foi registrado como morte a esclarecer.
(Por Marcus Moura)
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