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Cotidiano

Pelo 2° dia, famílias Sem-Terra ocupam sede do Incra em Campo Grande por demarcação de terras

Famílias assentadas de Maracaju protestam por reforma agrária
Karina Campos -
incra
Famílias assentadas protestam no Incra (Divulgação)

Assentados do Acampamento Cachoeira, em , ocupam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) nesta terça-feira (15), em Campo Grande. A instituição é alvo de protestos pelo segundo dia consecutivo, com a principal reivindicação sendo a realização de vistorias para de terras.

Uma das lideranças do movimento, Ana Paula Lima, relata que o acampamento existe há 13 anos e é composto por produtores rurais que vivem e produzem localmente, às margens da BR-267, na saída para . Ela afirma que a manifestação é pacífica e busca abrir diálogo em prol da reforma agrária.

Os manifestantes estão concentrados na sede do Incra, vestidos com uniformes da CUT (Central Única dos Trabalhadores). As ações integram a agenda de mobilizações previstas para o mês de abril, conhecido como Abril Vermelho, promovido pelo movimento como forma de cobrar avanços concretos na política de reforma agrária em .

“Não estamos aqui por aventura. São 13 anos de resistência, de produção, de criação de filhos e netos em barracos improvisados, esperando pela terra prometida. Queremos produzir com dignidade”, afirmou um dos representantes do movimento.

Protestos

Na segunda-feira (14), manifestantes da Liga Camponesa e Urbana do Brasil também ocuparam a sede do Incra para cobrar da autarquia um posicionamento sobre vistorias e demarcação de terras em três municípios do Estado.

Segundo José Paulo Libório, camponês e liderança do movimento, o grupo, composto por cerca de 100 pessoas, reivindica, inicialmente, a vistoria de uma área com aproximadamente 1.100 hectares, localizada na saída para Rochedinho, pela MS-010.

“Era para ter sido feita uma vistoria no dia 25 de março, mas até agora ninguém foi até lá. Viemos cobrar da direção do Incra uma posição. São dezenas de famílias acampadas naquela região, sem água, sem condições mínimas de dignidade”, afirmou, referindo-se ao acampamento montado no quilômetro 13 da rodovia estadual.

O Jornal Midiamax entrou em contato com o Incra-MS para obter informações sobre as demandas dos manifestantes. Em nota, o órgão informou que a manifestação teve como objetivo cobrar avanços na política de reforma agrária, com foco em:

  • Verificação da função social de imóveis rurais;
  • Desapropriação, aquisição ou adjudicação de terras;
  • Cadastramento de famílias acampadas ausentes em 2024 por justificativa;
  • Reivindicações por segurança, apoio à produção, segurança alimentar e acesso à educação.

Também foi manifestado apoio às demandas dos servidores do Incra por melhorias salariais e reconhecimento do direito à negociação coletiva.

“As Superintendências do Incra e do MDA acolheram as demandas, prestaram esclarecimentos e firmaram compromisso de gestão junto a órgãos federais para viabilizar a obtenção de imóveis rurais e o assentamento das famílias. Também se comprometeram a realizar novo cadastramento das famílias justificadamente ausentes, intermediar ações de segurança e fomentar a produção nos acampamentos. Foi reiterado o apoio à solicitação de cestas básicas ao MDS, além da divulgação de informações sobre o Pronera e outras oportunidades educacionais.”

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