Moradores da Vila do Entroncamento, próximo ao Indubrasil, em Campo Grande, reclamam do “poeirão” causado pelo movimento de caminhões e carretas que estão desviando da BR-262 para evitar a fiscalização da balança na rodovia. As balanças em rodovias servem para fiscalizar o peso dos veículos, garantindo que não ultrapassem os limites estabelecidos pela legislação.
O morador e comerciante da Rua Candeias, Pablo Martinez, de 38 anos, ressalta que a cidade enfrenta estiagem, logo, a falta de chuvas na região favorece a poeira nas vias sem pavimentação. Contudo, o fluxo de caminhões pesados está aumentando a sujeira.
“Não temos nada contra a fiscalização, mas queremos que ela seja feita de uma forma organizada, mais estratégica. Os condutores têm várias rotas alternativas de fuga para escapar do ponto em que eles [fiscalização] estão. É sem sentido estar onde estão. Isso está prejudicando a respiração da população aqui”, descreve.
Pablo ressalta que os caminhoneiros notam a distância a fiscalização e fogem. “Quando a fiscalização não está na rodovia, os caminhões nem passam na rua. Entretanto, os caminhões mais pesados fogem por ruas daqui quando tem fiscalização. Os caminhões mais leves passam pela fiscalização porque não estão irregulares e não vão ser multados”.
‘É difícil respirar’
Imagens registradas pelos moradores mostram a poeira intensa levantada diante do movimento dos veículos. Uma moradora, que preferiu anonimato, descreve que a densidade do ar está prejudicando a saúde da vizinhança.
“A poeira demora a baixar. Já está insuportável respirar porque a umidade do ar está ‘no chinelo’ [baixa]. Meu caçula tem 5 anos e precisa ficar o tempo todo próximo ao umidificador de ar. A casa não para limpa porque tem uma poeira absurda causada por esse movimento de caminhão. Nós nem sabemos para quem reclamar”.
O que diz o DNIT
O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão responsável pela administração das rodovias federais, informou que os pontos de fiscalização por excesso de peso são selecionados estrategicamente, geralmente em locais onde há maior fluxo de veículos de carga e onde é mais provável a ocorrência de excesso de peso.
Logo, os pontos de pesagem são avaliados estrategicamente para obter a maior eficiência na fiscalização por excesso de peso. “O local escolhido já possui um histórico de fiscalização por balança e foi norteado pelos critérios explicitados acima. Os veículos que porventura que se utilizam de rotas de desvio para não passarem pela fiscalização estão sendo devidamente autuados”, pontua a nota.
Além disso, o DNIT ressaltou que comunicou à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) a necessidade de implantação de placas de sinalização e fiscalização nas vias locais. Contudo, não há previsão de alteração para outra localização.
Confira o vídeo:
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