Pular para o conteúdo
Cotidiano

Mais concentrados, proibição de celular deve impactar até nota do Enem

Para professores, alunos estão mais dedicados e devem focar nos estudos
Priscilla Peres -
celular escola
Foto ilustrativa de aluno usando celular. (Arquivo Midiamax)

Otimistas, acreditam que a proibição do uso de celulares dentro das escolas vai ensinar jovens a desenvolver relação mais saudável com o aparelhos, que nunca sai das mãos. Mais que isso, estão motivados em ver melhoras significativas no desempenho escolar e até mesmo no (Exame Nacional do Ensino Médio).

Em todo o país, professores evidenciam os benefícios da lei, sancionada pelo presidente Lula em 15 de janeiro de 2025. Contrariados ou não com a decisão federal, que impede o uso de celulares dentro das escolas, estudantes foram convidados à socialização. São diversos os relatos de maior interação entre os estudantes e a redescoberta das brincadeiras e amizades para além das redes sociais.

Os benefícios são claros e quem trabalha diariamente com estudantes de Ensino Médio acredita em mudanças que vão além. O professor de Geografia, André Luiz Acosta, afirma que, além dos impactos de melhora na concentração e interação, a proibição faz com que o aluno utilize o celular de uma maneira saudável.

“O professor em si já não conseguia mais trazer esse aluno para poder dizer para ele, olha, o objetivo principal, principalmente alunos de terceiro ano que são pré-vestibulandos, de se preparar para o dando ênfase no estudo e o celular acabava tomando isso”, explica o professor.

Resultados vão chegar ao vestibular

Bastaram poucos dias de aula para professores se depararem com alunos mais concentrados e envolvidos com as atividades de sala de aula. Quando se trata de adolescentes que cursam o Ensino Médio, é nítida a mudança, já que celulares deixam eles mais dispersos e antissociais.

“O nível de concentração, as aulas estão rendendo mais, os alunos estão mais participativos. Isso vai produzir mudanças, não tenho dúvidas”, afirma o professor de Geografia, André Luiz Acosta. Ele se refere ao desempenho escolar, tanto nas notas no boletim, quanto em provas do Enem.

Para ele, o impacto do celular e a consequente dispersão dos alunos, pode ser visto nas provas de fim de ano. “No ano passado, o nível de concentração e o aproveitamento dos alunos e o interesse pelo vestibular tinha diminuído bastante”, disse André Luiz.

Mas a tecnologia não é vilã. Pelo contrário, é aliada dos alunos e da escolas, desde que seja usada com moderação.

“Eu entendo que há desafios, como a escola criar mecanismos para proporcionar aos alunos uma integração maior dentro do colégio, para que o colégio se torne um lugar mesmo de estudos, um lugar de socialização, um lugar que existem regras. E o celular estava ofuscando essa imagem da escola. Então, isso impactava na indisciplina, numa série de fatores”, afirma o professor.

Desafios da adaptação

Embora a medida tenha o objetivo de incentivar a concentração e o desenvolvimento social, especialistas alertam para os desafios dessa adaptação, especialmente no início. Psicopedagoga e mestre em neurociência, Gláucia Benini destaca que a restrição pode gerar um aumento na ansiedade entre crianças e adolescentes.

“Esse tempo imposto sem o celular pode trazer a sensação de separação de algo que, para eles, é quase uma extensão do próprio corpo. Isso pode levar à dificuldade de concentração e até à falta de foco nos estudos”, explica.

O uso intenso dos celulares também pode levar à chamada ‘síndrome da checagem’, em que o cérebro se condiciona a verificar constantemente o celular, mesmo sem notificações. Gláucia destaca que esse comportamento pode se transformar em um hábito difícil de romper, tornando-se uma verdadeira dependência digital.

No entanto, a especialista ressalta que, com o tempo, a retirada gradual do celular pode trazer benefícios. “Depois desse período de ‘desmame’, os estudantes tendem a desenvolver maior capacidade de concentração e foco, o que pode impactar positivamente no aprendizado e na interação social”, afirma.

Convívio familiar

Para a especialista, colocar as crianças na frente de um celular ou tablet para ‘ter um tempo para si’ não substitui o tempo de qualidade em família. Atividades simples como refeições juntos, passeios no parque, montar um quebra-cabeça ou jogar um jogo de baralho são essenciais para o desenvolvimento emocional e social.

“Essas práticas, que antes eram comuns nas famílias brasileiras, estão sendo deixadas de lado à medida que a tecnologia avança, mas é fundamental retomá-las para garantir uma convivência mais saudável e equilibrada”, conclui.

✅ Siga o @midiamax no Instagram

Fique por dentro de tudo que acontece em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no mundo! No perfil do @midiamax você encontra notícias quentinhas, vídeos informativos, coberturas em tempo real e muito mais! 📰

🎁 E não para por aí! Temos sorteios, promoções e até bastidores exclusivos para você!

🔔 Clique aqui para seguir e não perder nada! 🚀

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Acusados de matarem vitória são condenados a mais de 40 anos de prisão

Grêmio empata e divide a liderança; Cruzeiro perde e se complica na Copa Sul-Americana

Palmeiras faz 1º tempo perfeito, cansa, mas encontra força para superar o Bolívar em La Paz

Chuva já ultrapassou o esperado do mês em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Vostok: Justiça de MS nega liberar R$ 277 milhões bloqueados de Reinaldo Azambuja

INSS: Em MS, CGU flagrou descontos ilegais em 100% dos aposentados analisados

Tereza Cristina vai comandar em MS federação do PP com União Brasil

Corinthians pouco cria, mas conta com gol de Romero para vencer a primeira na Sul-Americana

Últimas Notícias

Loterias

Bolão feito SC fatura mais de R$ 25 milhões na Mega-Sena

Faturou R$ 25.245.913,23

Polícia

PRFs desconfiam de motorista quando abasteciam viatura e apreendem 360 kg de cocaína

A droga seria levada para São Paulo

Esportes

Bahia vence o Atlético Nacional e assume a liderança do Grupo F da Libertadores

Venceu o por 1 a 0 para assumir a liderança do Grupo F

Cotidiano

Córrego transborda na Avenida Ernesto Geisel com a Euler de Azevedo

Chuva já ultrapassou o esperado do mês