Uma jaguatirica foi encontrada morta nesta quarta-feira (5) na BR-262, em Miranda. A estrada, conhecida como “rodovia da morte” em relação ao alto número de animais silvestres atropelados, fica próximo à área de atuação do projeto que leva o nome do felino.
Segundo o Projeto Jaguatirica, o animal morto era uma fêmea que, em situações normais, vive em média 12 anos e é fundamental para a reprodução da espécie.
Há pouco mais de duas semanas, no dia 19 de janeiro, uma onça-pintada, que é símbolo da biodiversidade do Pantanal, morreu após ser atropelada no mesmo local.
Rodovia da morte
Dados do Projeto Bandeira e Rodovias, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), apontam que entre maio de 2023 e abril de 2024, 2.300 animais silvestres morreram atropelados na região.
Esses episódios, segundo o Instituto, evidenciam o impacto alarmante das rodovias sobre a fauna silvestre e reforçam a urgência de medidas efetivas e a necessidade da implementação do Plano de Mitigação de Atropelamentos de Fauna, aprovado em novembro de 2024 pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Considerando a situação, diversas instituições uniram esforços e criaram o Observatório Rodovias Seguras para Todos, que atende áreas das rodovias MS-040, MS-267, BR-262, BR-163 e BR-267, além das vias no entorno de Bonito. O Observatório também acompanhará os impactos da Rota Bioceânica e de novas concessões rodoviárias.
Integram o observatório: ICAS, IHP, Onçafari, o Instituto Libio, o Instituto SOS Pantanal, a INCAB (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira) e o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas).
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