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Cotidiano

“Estamos desamparados”: moradores denunciam abandono de estradas e crianças sem aula no Pantanal

Segundo moradores, a escola precisou paralisar as aulas por falta de transporte escolar
Lethycia Anjos -
Estrada no Pantanal
Estrada no Pantanal (Leitor Midiamax)

Há quase quatro décadas vivendo na Fazenda João e Maria, no do Nabileque, em Corumbá, Eronildes Cândida vê sua rotina e a de toda a comunidade ser afetada por um problema antigo e negligenciado, a falta de manutenção das estradas, que já impediu até mesmo o acesso das crianças à escola.

“Esse ano, as crianças estão sem aula, não é por falta dos , mas sim por falta do ônibus que não tem condições de fazer o trecho para pegar as crianças”, denuncia. 

Conforme Eronildes, a Escola na estância Esmeralda, que atende os moradores da região, não conseguiu manter as atividades por falta de transporte escolar. Alguns alunos tiveram apenas oito dias de aula no ano; outros, nenhum.

Também moradora, Maria Luana estima que cerca de 40 alunos estejam matriculados atualmente na escola. “Esse ano meus filhos, Breno e Maria, só estiveram na escola duas vezes. Tinha dias que tinha aula, mas não tinha ônibus que fazia a linha deles, eles iam na segunda e voltavam na sexta. A professora estava falando que a escola está lotada. As crianças do primeiro ao quarto ano estão todas juntas”, contou.

Caminhões atolados

O principal obstáculo é a estrada que liga a Fundação Bradesco à região do Pantanal do Nabileque. Em condições precárias, a via está praticamente intransitável. “Já fizemos várias reclamações para a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), mas nada fizeram”, lamenta.

O problema afeta não apenas a educação, mas também o transporte de cargas e o cotidiano das famílias. Eronildes cita um caso recente em que um caminhão carregado com gado atolou na lama e acabou tombando. “Morreram quatro cabeças de gado e o proprietário teve que voltar para a fazenda com o que restou.”

A estrada, que funciona como via de ligação entre o Nabileque até a rotatória que dá acesso ao Buraco das Piranhas e segue até , é vital para a região. 

“É uma linha só. Às vezes o pessoal fica dois, três dias parado. Está terrível a nossa vida aqui”, desabafa.

O que diz a Agesul?

O Jornal Midiamax entrou em contato com a sobre a situação. Em resposta, a agência afirma que “A Agesul mantém equipes permanentes de manutenção na região, mas as fortes chuvas que atingiram o local nas últimas semanas comprometeram a rotina regular de manutenção na região”.

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*Matéria editada às 15h36 para acréscimo de posicionamento da Agesul

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