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Cotidiano

Era dos elétricos: carros são destaque, mas MS dispõe de ‘frota alternativa’ nas ruas

Frota pode ser maior do que indica o Detran-MS, já que muitos proprietários não registram veículos
Osvaldo Sato -
Scooter elétrica sendo carregada (Foto: Divulgação, Watts)

Com o avanço do mercado de mobilidade elétrica, tem registrado um aumento gradual no uso de bicicletas, motos e outros veículos elétricos. Segundo o (Departamento Estadual de Trânsito de ), há atualmente 210 veículos elétricos registrados, incluindo ciclomotores, motociclos e motonetas.

No entanto, esse número pode estar subestimado, já que muitos proprietários não registram seus veículos no Detran, apesar da exigência legal.

Além disso, o cenário de mobilidade elétrica abrange também bicicletas elétricas e veículos autopropelidos, que não possuem obrigatoriedade de registro. Isso dificulta a mensuração exata da quantidade em circulação, destacando a crescente adesão desses meios de transporte.

Favorecidos pela infraestrutura cicloviária e pelo apelo à sustentabilidade, esses modais estão transformando o comportamento de mobilidade urbana da cidade, oferecendo economia e praticidade aos moradores que buscam alternativas ao transporte público.

Elétricos populares e transporte público de má qualidade

Maria Aparecida, de 37 anos, é empregada doméstica e uma das muitas campo-grandenses que trocaram o transporte público por outro modal. Apesar de receber vale-transporte do empregador, ela adquiriu uma bicicleta elétrica.

“Os ônibus são desconfortáveis, vivem superlotados e têm goteiras nos dias de chuva. Ainda perco muito tempo no deslocamento. Com a bicicleta elétrica, ganho mais horas no meu dia”, conta Maria. Em dias de chuva e com dinheiro extra, ela recorre ao transporte por aplicativo, mas evita ao máximo depender dos ônibus.

Para Luciano Pombani, diretor do Grupo EletricMove Watts, a aceitação desses veículos está crescendo, com uma adoção visível tanto por usuários particulares quanto empresas. Isso porque o investimento em motos e ciclomotores elétricos é visto como solução sustentável e econômica para o transporte urbano.

Além disso, o novo modal pode contribuir com a economia, uma vez que a produção está cada vez mais nacionalizada, com diversas fábricas já operando no país. A Watts, empresa com sede em , é um exemplo, com capacidade de produção para mais de 100 mil veículos por ano. De acordo com Pombani, três das quatro marcas que o Grupo EletricMove Watts representa já fabricam seus produtos no Brasil, o que facilita a oferta desses veículos no mercado local.

Tipos de Veículos e Preços

O mercado de mobilidade elétrica é diversificado, com três categorias principais: bicicletas elétricas, autopropelidos e ciclomotores.

  • Bicicletas Elétricas: São movidas pela força humana, com assistência de motor de até 1000 W, auxiliando o ciclista até a velocidade de 32 km/h. Elas não exigem habilitação nem registro, mas recomenda-se o uso de capacete, luvas e óculos de proteção. O preço de uma bicicleta elétrica no mercado é a partir de R$ 5.000.
  • Autopropelidos (Patinetes e Scooters): Esses veículos, como patinetes e pequenas scooters, possuem acelerador manual e motor de até 1000 W. São classificados como autopropelidos, e embora não exijam habilitação, o uso de capacete é recomendado. O preço médio é de R$ 9.000.
  • Ciclomotores Elétricos: Com motor de até 4000 W, os ciclomotores exigem CNH ou ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor) e o uso de capacete de motocicleta. Para circular em vias públicas, o veículo precisa ser registrado, e o prazo para regularização vai até 2025. O preço de um ciclomotor parte de R$ 15.000.

As motos elétricas, que também têm ganhado popularidade, oferecem uma autonomia de até 200 km por carga e têm custos de manutenção bastante acessíveis. Seus preços variam, com modelos a partir de R$ 20.000.

Regulamentação e desafios

Em 2023, o Contran regulamentou o uso de bicicletas elétricas e outros veículos autopropelidos por meio da Resolução 996, que gerou discussões sobre a categorização de certos veículos.

O Detran-MS emitiu alertas sobre a interpretação dessa resolução, esclarecendo que veículos com acelerador manual, como algumas bicicletas elétricas, são classificados como ciclomotores, o que implica na necessidade de registro e habilitação para sua condução.

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