Um motociclista foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros após ser arrastado pela correnteza durante a forte chuva que atingiu Campo Grande na tarde desta terça-feira (18). O incidente ocorreu em uma área conhecida por alagamentos, na Av. Guaicurus, onde o motociclista tentou atravessar a via alagada e foi levado pela força da água.
Segundo o Sargento Catunda, do Corpo de Bombeiros, a vítima foi encontrada presa em uma árvore e resgatada com vida. “Primeiro que aqui é uma região que quando chove muito, alaga, certo? E a população tende a querer passar. Aqui o cidadão foi passar com a motocicleta e acabou sendo levado pela correnteza”, explicou o sargento.

A motocicleta da vítima ainda não foi encontrada. O motociclista, que sofreu escoriações, foi encaminhado para uma unidade de saúde para avaliação médica. “Ele sofreu escoriações, machucou, então a gente recomendou uma unidade de resgate para transportar ele para a unidade de saúde”, detalhou o Sargento Catunda.
Além do motociclista, outras pessoas ficaram ilhadas em veículos, mas foram resgatadas sem ferimentos com o auxílio de populares. “É só uma vítima. Mas tinha outros ilhados que a gente conseguiu retirar e estao bem de saúde”, afirmou o sargento.
Para o resgate, os bombeiros utilizaram cordas e equipamentos de salvamento aquático. “A gente usou uma corda e um equipamento de salvamento aquático”, disse o Sargento Catunda.
O Corpo de Bombeiros reforça o alerta para a população evitar áreas de alagamento durante chuvas fortes. “A gente reforça a população quando tá chovendo muito forte, procurar locais que ficam protegidos, evitar áreas de alagamento, porque a gente não sabe o que a gente pode encontrar”, finalizou o sargento.
Moradora lamenta a situação e diz que alagamento ‘foi um susto’
A forte chuva que atingiu Campo Grande na tarde de hoje, causou alagamentos em diversas áreas da cidade, deixando famílias desabrigadas e causando grandes prejuízos materiais. Em uma das áreas mais afetadas, a moradora Kelly Costa, auxiliar de cozinha, de 29 anos, relatou o desespero ao ver sua casa e a de seus vizinhos sendo invadidas pela água.
Kelly, que mora no local há um ano e meio com seu filho e outras duas famílias, conta que não estava em casa no momento do alagamento, mas que já havia saído com o filho para buscar abrigo na casa de vizinhos, prevendo a enchente. “A gente saiu porque é eu e meu filho, né? Aí a gente procurou ajuda nos vizinhos, né? Quando viu que ia alagar, né? Porque dessa é o tudo do modem”, relatou Kelly.

A moradora descreveu o alagamento como repentino e assustador. “Alagou tudo de uma vez, entendeu? Foi um susto. Ah, foi, né?”, disse Kelly, que tem cinco filhos, com idades entre 2 e 15 anos.
Ao retornar para casa, Kelly encontrou tudo alagado. “Já, molhou tudo lá pra dentro. Tivemos que erguer, tivemos que tirar, né?”, lamentou. Apesar dos prejuízos materiais, Kelly agradeceu por não ter perdido nada de valor. “Não, graças a Deus, não. Só tá tudo molhado!”, afirmou.
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Diante da situação, Kelly e seus vizinhos não têm condições de passar a noite em suas casas. “Ah, nem vamos conseguir passar aqui, né, por causa das crianças. Hoje é ter calma, porque já tá escurecendo, né? Vamos esperar só até a parte de mais tarde. Amanhã pra ver o que a gente vai fazer, né?”, disse Kelly, que buscará abrigo na casa de familiares.
Kelly relatou que os alagamentos são frequentes na região, mas que desta vez foram piores do que o esperado. “Porque aqui sempre alaga, né? Só que dessa vez a gente não esperava assim. De repente, alagou muito, muito rápido. Aconteceu tudo muito rápido, né?”, disse.
A moradora também expressou o medo de novos alagamentos e a sensação de abandono. “Olha, eu vou falar, o medo a gente sempre tem, né? Porém, assim, já não é nenhum susto, porque isso aqui tá abandonado há muito tempo. Antes era bem sujo, a gente limpou tudo, organizou, mas mesmo assim, quando vem a chuva sai levando tudo. Cai muito a árvore, né? A situação é bem complicada mesmo”, desabafou Kelly.
Além das casas alagadas, dois barracos foram levados pela força da água. “Tem, foi levado dois barracos, tinha um barraco aqui, só que o pessoal, assim, ainda tem família que ainda não chegou, né? Tem famílias que estavam construindo ainda e ainda perdeu tudo, que já tinha pouquinho, perdeu tudo, né?”, relatou Kelly.
A Prefeitura de Campo Grande ainda não se pronunciou sobre os alagamentos e as medidas que serão tomadas para auxiliar as famílias afetadas. O espaço segue aberto para manifestação.
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