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Cotidiano

Ciência e inovação: projetos de MS são selecionados para receber apoio em pesquisas de sustentabilidade no agro

Iniciativas da Embrapa, Uems e UCDB foram selecionadas em chamada do CNPq para receber R$ 40 milhões em investimentos
Idaicy Solano -
Embrapa Gado de Corte foi uma das INCTs selecionadas. (Divulgação, Embrapa Gado de Corte)

Três propostas de iniciação científica, coordenadas por INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) de , foram selecionadas em chamada do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), para receberem apoio financeiro em suas pesquisas. 

A iniciativa fomenta o programa de INCTs, criado para estimular redes de pesquisa colaborativa de alto impacto tecnológico, científico e social. A chamada social priorizou projetos em áreas estratégicas, como biotecnologia, inteligência artificial, mudanças climáticas, saúde pública e desenvolvimento sustentável. 

As instituições contempladas foram a Embrapa Gado de Corte, a Uems ( Estadual de Mato Grosso do Sul) e a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). As propostas prometem fortalecer o setor agro brasileiro, com foco em inovação, sustentabilidade e competitividade.

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No total, os INCTs receberão o investimento de R$ 40 milhões, destinados para a coordenação dos grupos de pesquisa. A parceria oficializada com o governo estadual prevê R$ 27,5 milhões, oriundos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), principal fundo de fomento à ciência do país, vinculado ao MCTI. 

O valor restante, de R$ 11,4 milhões, será disponibilizado por meio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), e R$ 685,9 mil da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Para o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, a aprovação inédita dos INCTs refletem a excelência científica regional e integram o Estado de forma expressiva no cenário nacional de ciência e inovação. 

Além disso, o diretor-científico da fundação, Nalvo Franco, completa destacando o apoio da entidade nos projetos. “O apoio da Fundect aos novos INCTs fortalece a base científica do Estado e estimula a geração de soluções inovadoras com alto potencial de transferência tecnológica, sobretudo em setores estratégicos, como o e a cadeia da proteína animal”.

Confira os projetos selecionados em MS 

INCT Bioinspir: Biotecnologia e inovação inspirada na natureza

O INCT Bioinspir, coordenado pelo professor Octávio Luiz Franco, ampliou a sua atuação, anteriormente voltada à área da saúde, para desenvolver moléculas bioativas com aplicação no agronegócio. O projeto, que já havia captado R$ 4,9 milhões em edital anterior da Fundect, agora passa a atuar diretamente no controle biológico de pragas, fungos e bactérias em plantas.

De acordo com o professor, essa nova etapa do Bioinspir é marcada pelo uso de plataformas baseadas em inteligência artificial, voltadas à aceleração do desenvolvimento de peptídeos e compostos inovadores, com potencial de gerar novos produtos no mercado. 

“Expandimos nossa atuação para o setor agrícola, após amplo diálogo com o setor produtivo e o governo estadual, que enxergam no agro uma das principais vocações econômicas de Mato Grosso do Sul”, explica. 

O Bioinspir é composto por uma rede robusta, com mais de 15 instituições nacionais e 24 internacionais. Entre os parceiros, estão universidades e empresas de tecnologia de diversos países, além de grandes indústrias e startups brasileiras. Além da sede física na UCDB, o instituto opera de forma descentralizada, em modelo de laboratório em rede. As amostras e os pesquisadores circulam entre os parceiros internacionais, otimizando tempo e recursos.

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Professor Octávio Luiz Franco, coordenador do INCT Bioinspir. (Leandro Benites, Divulgação)

INCT Gado de Corte: ciência para uma pecuária mais sustentável e eficiente

O INCT Gado de Corte, liderado pelo pesquisador Rodrigo Gomes (Embrapa Gado de Corte), é uma rede colaborativa nacional e internacional voltada à transformação da pecuária bovina brasileira.

O projeto conta com 30 instituições de ensino e pesquisa, sendo elas: 11 unidades da Embrapa, 15 universidades brasileiras, o Instituto de Zootecnia de , a Fiocruz/MS e dois centros internacionais de excelência, sendo eles: a Universidade de Edimburgo (Escócia) e a Kansas State University (EUA).

O projeto está organizado em seis grandes frentes temáticas para desenvolver ações voltadas à sustentabilidade, segurança sanitária, melhoramento genético, reprodução animal, recuperação de pastagens degradadas e descarbonização da pecuária. 

Para isso, a equipe estabeleceu 40 metas, com entregas que envolvem cultivares forrageiras, bioinsumos e sistemas de produção para intensificação sustentável e descarbonização, além de softwares, soluções para inspeção sanitária e tecnologias para a vigilância de doenças, visando à promoção da segurança sanitária da carne brasileira em padrões internacionais.

“Espera-se ainda evoluir o processo de melhoramento genético animal e também as práticas de reprodução para promover a eficiência e resiliência dos rebanhos bovinos brasileiros perante os desafios climáticos e ambientais impostos e, também, a estruturação de uma plataforma de inteligência baseada em ciência de dados e inteligência artificial, para suporte aos diferentes atores da cadeia da carne bovina”, afirma Rodrigo Gomes, líder da iniciativa. 

O pesquisador Rodrigo Gomes (Embrapa Gado de Corte) lidera um dos projetos selecionados. (Arquivo Pessoal)

PantaClima: ciência e sustentabilidade para o futuro do Pantanal

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia PantaClima será um centro de pesquisa com cientistas de diferentes áreas e instituições para enfrentar um dos maiores desafios da atualidade: os impactos das mudanças climáticas no Pantanal. 

O Instituto pretende investir em pesquisas para gerar conhecimento científico de ponta para utilização em políticas públicas e práticas concretas que promovam o uso responsável do território.

Coordenado pelo professor Jolimar Antonio Schiavo e com vice-coordenação da professora Patricia Vieira Pompeu, ambos da Uems de , o instituto também vai reunir pesquisadores de instituições brasileiras e internacionais, como a Embrapa Pantanal, a Universidade de Zurique (Suíça) e a Universidade do Norte do Texas (EUA).

A ideia do PantaClima é realizar uma abordagem multidisciplinar para compreender como o Pantanal está sendo afetado pelas alterações climáticas. Para além disso, o instituto pretende propor soluções sustentáveis, garantindo a conservação do bioma e o bem-estar das comunidades locais.

Entre os principais focos do PantaClima estão o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa, a avaliação dos serviços ecossistêmicos, a análise dos impactos sobre os recursos hídricos, solos, biodiversidade e o regime de queimadas. Além disso, o projeto desenvolve tecnologias e práticas como o uso de microrganismos benéficos, sistemas silvipastoris com espécies nativas e estratégias de recuperação de áreas degradadas.

Professor Jolimar Antonio Schiavo, responsável por coordenar o projeto PantaClima. (Arquivo Pessoal)

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