Lançada em setembro de 2020, durante a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, a cédula de R$ 200 não caiu na graça da população, tampouco dos comerciantes. A insatisfação começa na hora do troco, justo no momento em que o Pix é a forma de pagamento preferida por 76,4% da população, e a circulação de dinheiro em espécie tem diminuído nos caixas.
Ao Jornal Midiamax, o Banco Central pontuou não haver como definir com precisão a quantidade de cédulas em circulação em Mato Grosso do Sul, já que ocorre transação de dinheiro entre os estados. No entanto, considerando o montante distribuído pelo Brasil, embora a tiragem da cédula de R$ 200 seja superior ao total de cédulas de R$ 1 a R$ 20 em circulação, as notas com o lobo-guará correspondem somente a 2% do dinheiro em espécie espalhado por todo o país.
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No comércio de Campo Grande ela não aparece com frequência, mas quando isso ocorre, os comerciantes engolem em seco, principalmente na hora de devolver troco. Segundo Emmanuely Vitória, vendedora em uma loja de eletrônicos e de acessórios para celular, sempre há surpresa quando avista a cédula.
“É bem difícil chegar uma nota dessa pra gente. Mas, às vezes, o pessoal vem com a nota de R$ 200 para tirar R$ 20. Fica complicado para a gente trocar. Sem contar que já ocorreu de nos passarem notas falsificadas. Percebíamos porque ela estava muito desgastada, mesmo parecendo bastante real”, explica.
Comerciantes ficam atentos à falsificação
Johnny Greff, vendedor em uma loja de utilidades, tem a mesma preocupação com troco e circulação de notas falsas. Ele conta que é raro encontrar uma nota de R$ 200, mas que fica tenso quando isso ocorre, já que precisa garantir que a nota não é falsificada.
“Para me certificar de que a nota é real, sempre confiro o selo que vem nela e também sinto o papel, vejo se ele é áspero”, pontua.
Também faz tempo que uma nota de R$ 200 não passa pelas mãos de Rafael Tomiati Botelho de Oliveira, dono de uma loja de eletrônicos na capital. No entanto, ele afirma medo quando se depara com uma, já que há a possibilidade de ser uma nota falsa. Embora isso nunca tenha acontecido com ele, já aconteceu com outros amigos comerciantes.
“Na verdade, eu nem gosto de pegar ela. Teve um cliente que ia pagar com uma nota de R$ 200 e eu não quis pegar. É receio porque não é todo mundo que usa nota de R$ 200, o pessoal usa mais a nota de R$ 100, então prefiro por ela também porque se não, a nota fica parada, não consigo passar ela pra frente”, frisa.
Elementos de segurança
Assim como todas as cédulas da família real, a nota de R$ 200 tem elementos de segurança que garantem sua veracidade. Recebeu uma nota dessa? Avalie os seguintes tópicos:
1 – Marca d’água: coloque a nota contra a luz e veja, na área clara, a figura do lobo-guará e o número de 200, em tons que variam do claro ao escuro.
2 – Número que muda de cor: movimente a nota e descubra que o número 200 muda do verde para o azul. Uma faixa brilhante parece rolar pelo número.
3 – Número escondido: ao colocar a nota na altura dos olhos, na posição horizontal, em lugar com bastante luz, você vê o número 200 aparecer nas áreas indicadas.
4 – Alto-relevo: pelo tato, você sente o relevo em algumas áreas da nota. Por exemplo: na frente, na legenda “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”, nas laterais e no número indicativo do valor no canto inferior esquerdo;
no verso, na legenda “BANCO CENTRAL DO BRASIL”, no animal e no número indicativo do valor.
5 – Fio de segurança: um fio escuro, sem inscrições, fica visível próximo ao meio da nota, quando esta é colocada contra a luz.
6 – Elementos fluorescentes: sob luz ultravioleta, você vê que:
- o número 200 aparece na frente, na área indicada;
- a numeração de série vermelha fica amarela;
- pequenos fios se tornam visíveis, apresentando três cores: vermelho, azul-claro e azul-escuro
Quando suspeitar que uma nota seja falsa, não a receba nem a passe adiante, pois isso é crime. Encaminhe-a para exame na rede bancária e solicite o recibo de retenção.
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