A calçada e parte da via – recentemente reformadas no valor de R$ 3,8 milhões – na Avenida Filinto Muller, que ladeia o Lago do Amor, continua desmoronando após temporal que atingiu Campo Grande na última terça-feira (19). Este é o segundo incidente na área, que já havia sofrido danos similares em janeiro de 2023.
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Uma equipe da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), estão no local nesta manhã para avaliarem a situação e discutirem soluções. Equipes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) estão no local para assegurar que nenhum morador trafegue pela área afetada.
Como a área segue cedendo, o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de MS) e a Defesa Civil também devem comparecer ao local. Além dos danos no asfalto e na calçada, um cano foi danificado, e desde o temporal está jorrando água.
Os motoristas que seguem do centro para o bairro têm que desviar pela Avenida George Chaia, enquanto quem segue do bairro para o Centro tem a opção de desvio pela Avenida Gabriel Spipe.
Problema recorrente
A obra anterior de reparo na área, que custou cerca de R$ 3,8 milhões, foi realizada em caráter emergencial após o desabamento de janeiro de 2023. No entanto, apenas 30 dias após a entrega da reforma, problemas começaram a surgir novamente, com parte da calçada já cedendo.
A reconstrução da área envolveu a recomposição estrutural do aterro, vertedouro e muro de contenção na Avenida Filinto Muller, foi realizada por meio de contrato emergencial, ou seja, sem licitação. As obras levaram quase seis meses para serem concluídas.
Homem quase levado pela enxurrada
Durante o temporal, Lucas Ribeiro, de 29 anos, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros após ficar preso na enxurrada. Ele voltava para casa após o trabalho, quando sua bicicleta foi arrastada pela água.
Sua esposa, Marinalva Kaiana Rondon, de 32 anos, esteve na área afetada nesta manhã para tentar recuperar a bicicleta e documentos perdidos. Ao Midiamax, ela informou que o marido está na ala vermelha da Santa Casa, devido a uma fratura na perna.
“Ele trabalha aqui do lado do HU com pintura. Como moramos perto, ele vai e volta de bicicleta. Na hora que ele estava passando, aconteceu o desabamento”, explica.
Conforme Marinalva, ela soube do incidente através da creche do filho, após o marido não aparecer para buscar as crianças.
“A gente tem que chegar às seis e pouco da tarde em casa. Aí eu cheguei, eles não estavam e meu marido ficou responsável de pegar meu filho. Fui correndo para a creche e quando cheguei lá, recebi a informação. Ele faz esse percurso diariamente, mas infelizmente aconteceu essa fatalidade. Graças a Deus, não teve nada grave”, conta.
O Midiamax acionou a Prefeitura para saber quais medidas serão tomadas nos próximos dias. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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