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Cotidiano

Atropelado, ciclista é levado ao Prontomed, mas aguarda atendimento por quase 2h

Ciclista ficou desacordado por cerca de 30 minutos e foi socorrido por testemunhas
Liana Feitosa, Lethycia Anjos -
Ricardo foi atropelado na entrada da cidade de Terenos (Foto: leitor Midiamax).

O caminhoneiro Ricardo Luiz Oliveira, de 47 anos, separou o domingo (8) para curtir um percurso de pedal, mas o trajeto não terminou como planejado. Ele acabou atropelado na entrada da cidade de , a 30 km de .

Segundo testemunhas, ele foi atingido por uma Volkswagen Saveiro de cor preta, conduzida por motorista que não parou para prestar socorro.

O ciclista foi socorrido por testemunhas que o levaram a uma unidade de saúde do município. Ele ficou desacordado por cerca de 30 minutos. 

Ainda segundo o relato da família, Ricardo recebeu os primeiros atendimentos e passou por raio-x em Terenos, mas diante da gravidade do caso, o médico plantonista recomendou que ele fosse transferido para Campo Grande, onde poderia realizar uma tomografia na Santa Casa, onde tem .

Problema no atendimento na Santa Casa

Como não havia ambulância disponível em Terenos, a família transportou o ciclista até o Prontomed da Santa Casa.

Segundo a filha de Ricardo, Maria Eduarda, ele estava com sangramentos e fortes dores, mas foi classificado com a pulseira verde — que indica casos de menor urgência — e teve de aguardar por 1h40 para ser atendido, mesmo com a indicação de necessidade de tomografia de urgência.

“Ele estava com feridas expostas, morrendo de dor, e implorei por uma maca para que pudesse deitar, mas me disseram que, com a classificação verde, não havia o que fazer”, contou a filha.

O que diz a Santa Casa

Em nota, a Santa Casa informou que, “conforme os critérios estabelecidos pelo Protocolo de Manchester, utilizados para classificação de risco, seu quadro foi avaliado como risco verde, o que indica menor gravidade e permite um tempo de espera compatível com a segurança do paciente.”

O esclarecimento ainda diz “no mesmo período, o Prontomed estava empenhado no atendimento de dois pacientes classificados como risco amarelo, além de um caso em andamento na Unidade Intermediária, que exigia atenção prioritária da equipe multiprofissional. O fluxo de atendimento seguiu os protocolos institucionais habituais, garantindo assistência responsável e qualificada, sem prejuízo à prestação dos serviços.”

A nota ainda pontua que “os problemas mencionados na reportagem referem-se à área destinada ao atendimento SUS, cuja gestão segue diretrizes e regulamentações específicas do sistema público de saúde”, e não dizem respeito ao Prontomed, que é a unidade privada do hospital “e dispõe de infraestrutura moderna e eficiente para atender seus pacientes com qualidade e segurança.”

Problemas se acumulam na Santa Casa

Desde março a unidade hospitalar opera em superlotação e com falta grave de insumos. No dia 24 de março de 2025, o hospital emitiu uma nota à imprensa relatando superlotação do pronto-socorro e, um ofício, pedindo a suspensão do recebimento de novos pacientes.

Na época, relatou grave desabastecimento, atendimento acima da capacidade máxima e sem possibilidade de novas admissões.

Até que exatos dois meses depois (23 de maio), o maior hospital de Mato Grosso do Sul emitiu outro ofício, comunicando o bloqueio do pronto-socorro adulto e infantil

Diante do caos instalado, vereadores passaram a fazer pressão por abertura de CPI, que se intensificou após a morte da menina Sophie Emanuelle Viana, de 5 anos, internada por três dias na Santa Casa após um acidente doméstico. A família denuncia negligência no atendimento.

Dados oficiais apontam que Campo Grande possui 3.120 leitos hospitalares, mas apenas 58% são destinados ao SUS. Na Pediatria, o cenário é ainda mais alarmante: são apenas 111 leitos pediátricos para atender mais de 85 mil crianças de até seis anos — ou seja, 1 leito para cada 766 crianças.

Mesmo entre os adultos, os números estão abaixo do ideal. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o recomendado é de 3 a 5 leitos por mil habitantes, mas Campo Grande está longe desse índice.

*Matéria editada dia 09/06, às 7h40, para inclusão de posicionamento da Santa Casa.

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