Há uma semana, a vida de José Maria Francisco do Nascimento, de 77 anos, virou de ponta-cabeça após receber o diagnóstico de leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas, especialmente as células-tronco da medula óssea. Desde então, ele aguarda uma vaga no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) para iniciar o tratamento.
Sandra Siqueira do Nascimento, filha de José e caçula de três irmãos, conta que o pai sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em dezembro. Apesar do susto, ele se recuperou bem. No entanto, dias depois, começou a sentir fraqueza nas pernas e uma perda severa de apetite. Foi então que veio o diagnóstico.

“Levamos ele à UPA para tomar soro. Lá, nos informaram que ele estava com anemia profunda e precisava de uma transfusão de sangue. Nisso, o encaminharam ao Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) para receber uma transfusão de sangue, mas antes da transfusão, realizaram alguns exames. Quando saiu o resultado, tivemos o baque: era leucemia”, relata Sandra.
Após o diagnóstico de câncer, José foi internado no Humap, onde permanece sob cuidados médicos. Atualmente, o quadro clínico é estável. Ele recebe antibióticos para evitar febre e complicações, mas ainda não começou o tratamento específico para a leucemia porque aguarda transferência para o HRMS, hospital referência em oncologia.
Espera por vaga
Segundo a família, a administração do HRMS, tem informado que não há leitos disponíveis, o que impede o atendimento especializado.
“A transferência para o HR é essencial para que ele receba o tratamento adequado e para que possamos entender em que estágio a doença se encontra”, explica Sandra.
Em meio a esse impasse, a família vive a angústia da espera pela vaga, situação que se torna ainda mais preocupante devido à idade do idoso e à demora na liberação do leito, o que pode comprometer suas chances de recuperação.
“Nossa reação foi de medo do que está por vir. Mas ele é forte. A reação dele foi de confiar muito em Deus”, diz a filha.
O que diz o HR?
Em nota, o hospital informou que não possui, no momento, leitos disponíveis para novos pacientes. Também, que não é referência em oncologia hematológica em Campo Grande. Confira a nota na íntegra:
“O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul informa que a transferência de pacientes depende da regulação e, no momento, não possui leitos disponíveis para novos pacientes. Além disso, o hospital esclarece que não é referência em oncologia hematológica na Capital. O HRMS reafirma seu compromisso em oferecer atendimento de excelência à população, contribuindo diretamente para a promoção da saúde e do bem-estar dos pacientes”.
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