VÍDEO: Turistas são resgatados no Rio Miranda tentando fugir de incêndio no Passo do Lontra
Resgate aconteceu na tarde de quarta-feira, antes do ameno dos focos de incêndios favorecido pelas chuvas
Karina Campos –
Cinco turistas foram resgatados em meio ao Rio Miranda, na região do Passo do Lontra, em Corumbá, a 425 quilômetros de Campo Grande. O grupo estava fugindo de incêndios, mas próximo a uma área de risco extremo, na tarde da última quarta-feira (7).
Segundo o sargento Thiago Francisco, comandante do Destacamento PMA (Polícia Militar Ambiental) Buraco das Piranhas, a equipe resgatou todos os turistas, sem ferimentos, apenas desorientados pela fumaça e com muito medo do fogo que estava próximo.
Por volta das 16h, a equipe fazia o patrulhamento fluvial no rio quando, após 1h, avistou a embarcação com o grupo. Os ventos mudaram de direção, intensificando as chamas e gerando uma densa fumaça que se espalhou pelo rio, dificultando a visibilidade e a respiração.
“Estavam em situação de extremo perigo, conduzindo-os para uma área segura, distante do fogo e da fumaça. Durante aproximadamente quarenta minutos, os policiais enfrentaram condições adversas, com a fumaça e o fogo às margens do rio Miranda, até que conseguissem conduzir as embarcações para fora da área de risco, garantindo a segurança de todos”, descreve a PMA.
Após o resgate, a polícia escoltou as embarcações de volta ao povoado, assegurando que não retornassem à área afetada pelos incêndios. “O incidente ressalta a importância do trabalho dos Policiais Militares Ambientais, que, mesmo diante de adversidades extremas, colocam suas vidas em risco para proteger a população e o meio ambiente”.
Confira o vídeo:
Cenário catastrófico e chuva
Nas imagens registradas pela PMA o cenário é catastrófico, as chamas devastam a mata, deixando o céu noturno vermelho e coberto por fumaça. Além dos turistas, animais silvestres, como um cervo, é visto às margens do rio, tentando fugir do fogo.
Chove no Pantanal de Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (9), dando uma trégua para o bioma que sofre com os incêndios florestais. Com a chegada da frente fria já são dois dias sem focos de queimadas ativos, mas o trabalho dos brigadistas não para e agora é o momento de rescaldo.
A tenente-coronel Tatiana de Oliveira, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, comemora a chuva, mas afirma que não é possível descansar. O trimestre entre agosto e outubro é considerado o mais crítico para os incêndios florestais.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros, em monitoramento na região de Pedro Gomes, registrou em vídeo porque o trabalho de rescaldo é tão importante. Apesar de não ter foco ativo e o clima estar ameno, o solo ainda estava em brasa, queimando e podendo se tornar um novo foco.
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