Problemas com buracos na MS-436 se estendem há 1 ano e produtores rurais acumulam prejuízos

Produtores têm apontado prejuízos financeiros e materiais devido às precariedades da estrada

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Trecho que liga Figueirão e Camapuã é dor de cabeça para produtores (Reprodução, Fala Povo)

O trecho que liga Camapuã a Figueirão, na MS-436, continua sendo uma dor de cabeça para moradores e motoristas que trafegam pela região. Isso porque cerca de 120 km de rodovia estão repletos de buracos, com partes que nem parecem pavimentadas.

O Midiamax tem acompanhado essa situação desde abril de 2023, após reclamações de moradores que, cansados dessa situação, resolveram elaborar um requerimento para a promotoria do município.

No documento, eles apontam que muitos que residem nas propriedades rurais da região são “produtores de grãos e proteína animal, necessitando, sempre, receber e escoar a produção através das
estradas que ligam nossas propriedades às principais vias de escoamento da produção agrícola nacional”.

No entanto, as negociações, produções e distribuições estariam prejudicadas já que a estrada que usam para levar e receber insumos e mercadorias “se encontra em estado lastimável de conservação, com
mais buracos do que asfalto propriamente dito”.

Buracos têm causado prejuízos financeiros

A reportagem conversou com um produtor da região que comentou a situação. Segundo ele, recentemente um caminhão que carregava toneladas de milho quebrou, devido à condição da estrada.

Ele teme ter que parar de trabalhar, já que diversas empresas se recusam a levar os insumos à região devido às más condições da estrada.

“Por conta do estado precário da estrada municipal, os fretes para trazer insumos até as propriedades do local, tiveram um aumento de mais 30%, haja vista a enorme possibilidade de causar danos aos veículos de transportes, dificultando até mesmo encontrar quem se disponha a realizar tais fretes até o local”, aponta.

Período de chuva gera ainda mais buracos

O documento aponta ainda que a situação do trecho piora consideravelmente nos períodos chuvosos, tornando o tráfego de veículos “praticamente impossível”.

Neste período, os buracos aumentam e muitos galhos caem das árvores, ocupando trechos da estrada que já é estreita.

Isso faz com que muitos veículos sofram “danos materiais e fiquem encalhados nos bancos de areia, inclusive o transporte escolar que está severamente prejudicado”.

Os moradores explicam que a “briga” por melhorias acontece desde janeiro de 2023. Desde então foram feitas diversas reuniões com o Poder Público Municipal, com a Secretaria de Infraestrutura e com o prefeito do município, Juvenal Consolaro (PTB), solicitando a manutenção da estrada, “principalmente nos períodos de secas, onde o trabalho pode ser melhor executado”.

Manutenções esporádicas

Conforme relatado pelos moradores em requerimento, as manutenções na estrada tendem a acontecer apenas nos períodos de chuva, como estratégia da Prefeitura de resolver, temporariamente, os estragos na estrada.

Segundo o documento, a última manutenção no trecho aconteceu em 8 de fevereiro, período de chuva na região.

No entanto, poucos quilômetros foram restaurados, o que só piorou a situação de tráfego dos veículos.

“O Poder Público de Figueirão tem se mostrado totalmente omisso com relação à reparação, recuperação e manutenção das vias vicinais que cortam o município e que dão acessos às propriedades rurais
dentro do perímetro do mesmo, o que ocasionado danos materiais até mesmo de grande monta aos produtores do agronegócio que possuem imóveis nesta região”.

Obra

A reportagem acionou o Prefeito de Figueirão, Juvenal Consolaro, e o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Cleiton Cosme. Até o momento não obtivemos retorno.

Também procuramos o Governo do Estado que, em nota, respondeu:

“A obra de restauração do pavimento com melhoramentos para adequação de capacidade e segurança na rodovia MS-436 será feita em dois lotes no trecho que compreende o entroncamento da BR-060 até o limite municipal entre Camapuã e Figueirão.

A obra abrange o lote 1, com extensão de 61,60 km, e o lote 2, com extensão de 49,9 km. Um investimento de mais de R$ 161 milhões do Governo do Estado para promover a melhoria do tráfego local. 

Essa obra será a maior restaura que o estado está dando encaminhamento. Ambas as obras, conforme recomendação da PGE estão em adequação da nova lei de licitação para publicação do novo edital”.

Abaixo você confere vídeos gravados por um morador. As imagens mostram a precariedade das estradas em dias diferentes.

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