Pular para o conteúdo
Cotidiano

Pets ‘do momento’ em Campo Grande, Calopsitas precisam de cuidados específicos

Diferente de cães e gatos, animal exótico exige atenção e cuidados especiais, além de alimentação específica que chega a R$ 35 por 300g
Clayton Neves -
Bily é a calopsita Xodó de familia campo-grandense. (Foto: Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Lindas, coloridas, comunicativas, sensíveis e boas companheiras. Calopsitas parecem ser os pets da vez e ganham cada vez mais a simpatia de tutores em . Nas redes sociais, inclusive, elas contam com perfis especializados que vão dos cuidados ao humor.

Não é à toa, portanto, que a cidade tem visto tantos pedidos de ajuda para localizar calopsitas que fugiram e até mesmo foram “sequestradas”, que se destacam entre os animais de estimação mais tradicionais. Sim, as calopsitas estão entre nós, mas não vá pensando que cuidar delas é como ter um cão ou um gato.

Com a fama repentina, emergem até casos que caracterizam maus-tratos desses animais – em parte, por conta da falta de informação sobre os cuidados específicos que a criação exige.

Leia mais: Dona de Tuig oferece R$ 1,5 mil para quem encontrar calopsita que fugiu em Campo Grande

Assim, se você está pensando em adotar uma calopsita, é preciso refletir antes se ela se encaixa no seu estilo de vida. Nesse contexto, conforme o veterinário Douglas Perx Nunes – especialista em animais exóticos – há pelo menos três pontos importantes para considerar no cuidado das calopsitas.

Calopsitas: espaço, comida e cuidados diferenciados

Douglas Perx Nunes destaca que o espaço de convivência dessas aves precisa respeitar algumas especificidades. “Tem que ser um recinto com tamanho legal. Para aves em geral, a gente indica 2m x 1m de área para que ela tenha condições de voo. As que vivem em casa soltas, geralmente, não têm esse problema e só dormem na gaiola”.

A alimentação também é específica. Se ignorada, pode acarretar às calopsitas problemas de saúde.

“A gente sempre indica a ração extrusada, específica para calopsita. Existe muito erro, porque muitas pessoas dão o mix de sementes e essa alimentação não é a recomendada. Infelizmente, o que a gente mais pega na clínica é alimentação ruim, que provoca queda na imunidade, problemas hepáticos e situações que interferem na qualidade de vida do animal”. Cada 300 gramas da ração extrusada varia entre R$ 30 e R$ 35.

Tutores também devem avaliar a frequência da visita dos veterinários: assim como demais animais de estimação, consultas preventivas são o ideal. Mas, também é preciso levar em conta que não é qualquer profissional que sabe como cuidar delas de forma especializada. “A gente tenta introduzir para clientes que de uma a duas vezes no ano façam um check-up geral para ver se o animal está com condições ideais e saudável. É possível descobrir uma patologia fazendo esses exames. Por isso, indicamos levar ao veterinário sempre antes de acontecer algo”.

Leia mais: Você viu o Ind? Casal procura ‘filho’ pet que fugiu de casa e oferece recompensa de R$ 300

Prepare o bolso 

Assim como cães e gatos, não é preciso autorização especial para adotar uma calopsita. Contudo, tutores devem procurar boas recomendações de criadores na hora da aquisição.

O preço de um animal adulto varia entre R$ 100 e R$ 200. No entanto, no comparativo com os pets mais adotados no País, o custo com as aves tem preço mais ‘salgado’, especialmente com a parte veterinária. Portanto, antes de adotar uma calopsita, é preciso planejamento. 

“Não é muito barato se colocar todos os cuidados. Ração é mais cara, viveiro de qualidade também, e a parte veterinária é mais elevada que a do cão e gato. A parte clínica e internação é diferente de cão e gato, e são cuidados específicos. Por isso, a parte veterinária tem valor agregado por questão da espécie. Tirando essa parte, é ok de se manter”, acrescenta Douglas Perx, que está à frente da Pró Exotics, especializada em animais exóticos.

Leia mais: Calopsita é ‘sequestrada’ em Campo Grande e dona a encontra no Jardim Noroeste após 17 dias

Avaliar antes de adquirir

Mesmo com os custos e cuidados diferenciados, a veterinária Penélope Leite, lembra que as aves são fiéis amigas e ótimas companhias, um dos motivos que justifica a preferência de tanta gente. Ela também reforça a importância de refletir sobre a disponibilidade dos tutores no cuidado antes de fazerem a aquisição.

“As aves, no geral, vão desenvolvendo vínculos muito fortes com os tutores, que até ajudam em questões de depressão, e temos relatos nesse sentido”, pontua. Apesar disso, a interação com crianças é um alerta. 

“Não é que a gente não indique, mas falamos para ter um cuidado especial em casa com crianças. É preciso monitoramento de um adulto porque são animais muito sensíveis e podem se estressar com facilidade, diferente do cachorro e gato. Se uma criança aperta uma calopsita, a ave pode vir a óbito”, explica.

Companheiros para toda hora 

Depois de já terem adotado um hamster, peixe, coelho e até um pato, os irmãos Vinícius e Camila Pesconi Frias resolveram abrir espaço na casa para o casal de calopsitas Bily e Nevada. “A gente sempre gostou de ter bichinhos e depois que nosso coelho morreu, decidimos ter outro animal”, conta Vinícius. 

Vinícius, com a calopsita Nevada, e Camila, com Bily. (Foto: Alicce, Rodrigues, Jornal Midiamax)

Segundo ele, foi por uma pesquisa nas redes sociais que surgiu o primeiro contato e a ideia de ter o pássaro em casa. Agora, com os novos integrantes da família, o tutor afirma que teve a melhor escolha. 

“Eles interagem, brincam… Se a gente balança a cabeça, eles balançam junto. Cantam junto. E essa interação é muito gostosa. Eles voam para junto de você, são companheiros para toda hora”, detalha. 

Camila faz coro ao irmão e relata até que é xodó de Bily. “Desde sempre ele é muito apegado a mim. A gente diz que ele me adotou como a calopsita grandona dele”, finaliza.

Projeto na Assembleia Legislativa

Neste mês, começou a tramitar na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) projeto de lei para regulamentar a criação e manutenção em ambiente doméstico, de aves exóticas e domésticas para fins ornamentais, de canto ou como animal de estimação.

A proposta foi elaborada a pedido da FOB (Federação Ornitológica do Brasil), que ressaltou a importância de viabilizar uma Lei para normatizar a criação desses animais em ambiente doméstico, com base nas regulamentações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O projeto segue instruções do Ibama, que regulamenta a criação amadora e comercial destas espécies. A lista de aves domésticas que consta na proposta de lei é composta por espécies de criação estabelecida no Brasil, que já constaram como domésticas nas portarias do Ibama.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Lotofácil da independência

‘Pé-quente’ de MS joga no concurso da Lotofácil e ganha meio milhão de reais

Marido ameaça matar esposa à facadas após mulher negar ter relações sexuais

camaro

Piloto da Fórmula Truck e assessor parlamentar morrem em acidente em Curitiba

Processe seletivo (Ilustrativa)

Processo seletivo com 70 vagas para professores em Sonora abre nesta segunda-feira 

Notícias mais lidas agora

operação turn off

Turn Off: Justiça cita prejuízo de R$ 12 milhões ao manter bens de ex-servidora bloqueados

Julgamento de PM que matou bioquímico em sala de cinema segue sem data marcada

Entregador

Jovem tem orelha dilacerada e artéria rompida após ataque de pit bulls no Jockey Club

carro

Carro é localizado e bombeiros buscam por possíveis corpos no Rio Paraguai

Últimas Notícias

Esportes

Sinner vence revanche contra Alcaraz de virada e conquista o título de Wimbledon pela 1ª vez

Italiano passou a controlar o jogo no quarto set

Cotidiano

Toni já está em casa; cãozinho passou quase 24h desaparecido em Campo Grande

Ele sumiu neste sábado no Bairro Marcos Roberto e foi localizado no Parque Novos Estados

Esportes

Brasil derrota Japão e mostra força na Liga das Nações de Vôlei

Seleção brasileira encerra fase classificatória na segunda posição

Famosos

Preta Gil compartilha visita de Regina Casé: ‘Reenergizada’

A cantora está passando por um tratamento contra câncer nos Estados Unidos e recebeu visita da apresentadora