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Cotidiano

Mês de jejum e orações, ramadã começa nesta segunda e une comunidade muçulmana em Campo Grande

Cerca de 500 famílias fazem parte da comunidade muçulmana em Campo Grande e participam da celebração do ramadã
Liana Feitosa -
Muçulmanas participam de oração em mesquita de Campo Grande. (Ana Laura Menegat, Midiamax)

“O jejum não é pra nós, é para Deus. O jejum é uma adoração secreta entre o servo e o Criador”, assim Ahmad Salem Ali resume um dos principais pilares do ramadã. O comerciante, radicado em desde 1991, explica que todos os dias, antes das 12 horas diárias de jejum serem quebradas pelos muçulmanos, essa súplica é proferida. O período sagrado começa nesta segunda-feira (11).

Ele traduziu as falas do sheik Anwar Hamad em entrevista ao Jornal Midiamax, que demonstram a importância do mês sagrado para essa comunidade. “Você fica sem comer e sem beber desde a madrugada até o pôr do sol durante 29 ou 30 dias. Nesse período, além de você sentir fome, você sente o sentimento do rico para com o pobre, e aquele sentimento de cooperação entre as pessoas na comunidade porque cada um é responsável pelos necessitados, pelos menos favorecidos”, explica o sheik. 

Em Campo Grande, cerca de 500 famílias fazem parte da comunidade muçulmana, e participam da celebração da data que, anualmente, ocorre no nono mês do calendário islâmico, regido pelas fases da lua. Segundo o islamismo, foi no nono mês que Deus – em árabe Allah – revelou o livro sagrado para eles, Alcorão. 

Objetivo do jejum

Sheik Anwar Hamad e Ahmad Salem Ali em mesquita de Campo Grande. (Ana Laura Menegat, Midiamax)

O propósito é que, com o jejum, o fiel aprenda a ter autocontrole. “O que machuca o jejum são as faltas que cometemos, como gritaria, palavrões. O jejuador tem que evitar tudo isso, porque quando você está de jejum você está num estado de adoração para com o Senhor, para com Deus”, detalha o sheik, nas palavras de Salem.

O período também tem a ver com disciplina. “A pessoa fala: ‘eu estou com jejum, mas ela pode, por exemplo, entrar na cozinha, fechar a porta, comer e não falar nada’. Então, o jejum é uma força de vontade porque você está comprometido com a adoração de Deus, com aquele dever desse jejum”, completa Hamad.

Além disso, ao final do mês sagrado, os fiéis praticam o que eles chamam de “caridade do jejum”. “Essa caridade a gente faz pelas faltas que a gente comete sem querer ou sabendo porque estamos cometendo. Elas são para purificar o jejum, e também são uma mensagem pra gente compartilhar a humanidade, tirando do mais favorecido e dando para os menos favorecidos”, detalha Salem.

Encerramento

O grande encerramento do mês sagrado será no pôr do sol do dia 9 de abril, quando as famílias muçulmanas e a comunidade se reunirá na mesquita para comer e celebrar juntos o fim desse período. “Na hora de quebrar o jejum você tem aquela alegria que você cumpriu o seu dever para com Deus, é muita alegria. É uma sensação que não sei como descrever”, finaliza Salem.

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