Servidores públicos de Campo Grande que participaram de manifestação em frente ao Paço Municipal, na manhã de segunda-feira (11), denunciam que o protesto teria sido interrompido após o carro de som ter sido multado duas vezes a pedido da Secretaria de Segurança Pública.
A manifestação e assembleia geral unificada contaram com a participação de nove entidades ligadas à segurança pública, enfermagem, saúde, logística e assistência social.
O grupo pedia melhores condições de trabalho como reajuste salarial, fim da folha secreta [sic], aumento do valor do vale-alimentação, pagamento de adicional de insalubridade e periculosidade e enquadramento com reposicionamento horizontal e vertical das carreiras, entre outros.
Carro de som multado duas vezes
O carro de som usado no protesto foi alugado pelo SINDGM (Sindicato dos Guardas Municipais do Município de Campo Grande) e multado duas vezes. A primeira punição veio após o pedido de retirada do veículo da Avenida Afonso Pena.
Já a segunda penalidade teria sido dada após levarem o carro de som para a frente do Paço Municipal, fora da via pública. Segundo o presidente do SINDGM, Hudson Bonfim, o aviso seguinte foi que o carro seria guinchado, o que levou os manifestantes a encerrarem o protesto por volta de 9h30.
Bonfim afirma que esta foi a primeira vez, em vários anos como GCM e membro de sindicato, que viu o carro de som ser multado durante um protesto. O sindicato alega que a Prefeitura teria utilizado a “estratégia” de multa e da lei para coibir os manifestantes.
“A nossa manifestação não durou nem meia hora. Isso causou mais indignação sobre os grupos que estavam se manifestando”, ele afirma.
Bonfim acrescenta que foram avisados sobre as multas, mas que ainda devem entrar em contato com o proprietário do veículo alugado para tomarem conhecimento sobre o valor e o tipo de infração.
Além do SINDGM, também participaram do protesto o Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem do Município de Campo Grande, Sindicato dos Arquitetos, Sindicato dos Assistentes Sociais, Sindicato dos Motoristas de Ambulância, Associação dos Servidores de Nível Superior e Associação dos Administrativos da Saúde, com apoio da FESERP, Sindicato dos Guardas Municipais de Corumbá e Dourados.
O que diz a Prefeitura de Campo Grande?
O Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para perguntar sobre o episódio relatado pelos manifestantes. Confira a nota:
“A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), informa que o local onde ocorreu a manifestação é proibido por lei estacionar, pois a via é sinalizada com faixa de ônibus e faixas de rolamento. O Artigo 184 do Código de Trânsito Brasileiro determina que transitar na faixa exclusiva de ônibus é uma infração gravíssima, com penalidade de multa, sete pontos na carteira e remoção do veículo”, diz a nota.
*Matéria atualizada às 10h46 do dia 13 de março para acrescentar a nota da Prefeitura.
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