Mais um caso: Vegetação às margens da Duque de Caixas pega fogo e levanta cortina de fumaça em avenida

Terreno onde fogo foi controlado tinha dois caminhões de combustível

Mirian Machado, Layane Costa – 31/08/2024 – 09:44

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(Nathalia Alcântara, Midiamax)

Mais uma vez focos de incêndio e fumaça tomam conta de vias em Campo Grande. O tempo seco e os ventos ajudam as chamas e a cortina de fumaça se alastrar. 

Mato Grosso do Sul está sob alerta de onda de calor de perigo potencial, que apresenta risco à saúde devido às temperaturas estarem pelo menos 5 °C acima da média pelo período de 2 a 3 dias. O aviso segue até a próxima semana, no dia 5 de setembro.

Na manhã deste sábado (31), militares do Corpo de Bombeiros foram até um terreno às margens da Avenida Duque de Caxias. Com a vegetação bem seca, o local foi tomado pelo fogo. 

Segundo apurado, o terreno é da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), mas está arrendado. Atualmente funciona como garagem de caminhão. No momento há dois caminhões cheios de combustível no local.

Ainda conforme informações, as chamas consomem o local desde sexta-feira (30).

Algumas pessoas ajudavam os militares, combatendo o fogo com uso de mangueiras de água. 

A suspeita é de que o fogo tenha iniciado por usuários de drogas que frequentam o local.

Temperaturas altas

Somente nas últimas 24 horas Mato Grosso do Sul registra cinco das dez maiores temperaturas do Brasil. Neste sábado (31), o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu dois novos alertas de baixa umidade validos para as 79 cidades do Estado.

Conforme o aviso, a umidade relativa do ar varia entre 20% e 12%. Há também risco de incêndios florestais e à saúde, ressecamento da pele e desconforto nos olhos, boca e nariz. Nas últimas 24 horas, o Estado registrou cinco das dez maiores temperaturas do país, sendo a maior delas em Corumbá, com 39,5 °C. Atrás apenas de Cuiabá, onde o calor chegou a 40,4 °C.

Na sequência aparece, Nhumirim no Pantanal (39 °C), Aquidauana (39 °C), Miranda (38,9 °C) e Porto Murtinho (38,8 °C).

(Nathalia Alcântara, Midiamax)

Fogo em terreno baldio é crime

O ato é considerado crime ambiental e pode gerar multa entre R$ 3 mil e R$ 12 mil em Campo Grande, conforme a área afetada.

Segundo a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), o proprietário é o responsável pela limpeza do terreno e o município deve fiscalizar em caso de irregularidade denunciada.

O Código de Polícia Administrativa do Município autua o proprietário. O artigo 18-A § 1º da Lei 2909 estabelece que “veda a prática de queimada nos terrenos baldios e quintais, sendo obrigação do proprietário tomar as medidas necessárias para evitá-la, sendo responsável nos casos de sua ocorrência”.

Como denunciar?

Em muitos casos, há um temor em denunciar o vizinho ou proprietário do terreno sujo por risco de represálias. Entretanto, a Semadur afirma haver o disque denúncia pelo telefone 156, onde o morador pode formalizar a reclamação de forma anônima referente à queimada urbana.

Quando for ocorrência relacionada ao ato de provocar a queima de resíduos, a orientação é que seja efetuada a denúncia imediatamente aos órgãos de segurança pública, para ser efetuado o flagrante. Pois, assim, será possível a correta identificação do autor da queimada.

Além disso, os moradores sofrem um ato infracional, um crime ambiental. Se identificarem o infrator em flagrante, podem responsabilizá-lo e conduzi-lo à Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), o órgão responsável pela repressão aos crimes ambientais.

(Nathalia Alcântara, Midiamax)

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