Linha de fogo na fronteira da Bolívia com Serra do Amolar tem mais de 30 km de extensão
O fogo está entre a Bolívia, na Área Natural de Manejo Integrado San Matías – um parque nacional boliviano -, e o Território Indígena Guató, que fica no extremo norte de Mato Grosso do Sul, acima da Serra do Amolar
Valesca Consolaro –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O fogo no Pantanal da Bolívia vem sendo intensificado há pouco mais de uma semana e ganhou grandes proporções no final de semana. Conforme dados do sistema Fire Information for Resource Management System (Firms/Nasa), a linha do fogo nessa região soma mais de 30 km de extensão, nesta segunda-feira (9). No momento, as chamas ameaçam atingir o lado brasileiro, podendo tomar conta da Serra do Amolar.
Os brigadas do Alto Pantanal, mantido pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), também estão mobilizados para atuar no combate a incêndio florestal, na região de fronteira do Brasil com a Bolívia.
Esse trabalho está sendo feito em apoio aos brigadistas do Prevfogo/Ibama, que também estão na região. Somadas, as equipes contam quase 60 brigadistas brasileiros.
Neste domingo (8), foi enviado reforço ao local, com 37 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) e 25 efetivos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal integram a missão.
O fogo está entre a Bolívia, na Área Natural de Manejo Integrado San Matías – um parque nacional boliviano -, e o Território Indígena Guató, que fica no extremo norte de Mato Grosso do Sul, acima da Serra do Amolar. Essa área está a cerca de 8h de viagem a partir de Corumbá-MS, rio Paraguai acima.
Segundo o IHP, os brigadistas da Brigada Alto Pantanal foram destacados para atuar no território para auxiliar as ações de combate do fogo, principalmente criando linhas de defesa para tentar reduzir a intensidade dos incêndios que estão próximos de entrar no Brasil.
Perda de biodiversidade
Em meio às chamas, há grande perda da biodiversidade em uma área de conservação na Bolívia e que agora gera repercussão no Brasil. Há também um prejuízo para fazendas que estão sendo atingidas.
“Essa grande linha de fogo está também na iminência de causar danos para comunidades, como é o caso do Território Indígena Guató. Esse grande incêndio ainda está ameaçando entrar no Brasil pela Serra do Amolar. É um combate difícil, que muitas vezes enfrenta o desafio até mesmo de sobrevoo por conta da fumaça gerada”, explicou Angelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
Incêndio dura uma semana
Desde o dia 2 de setembro, a equipe da Brigada Alto Pantanal está realizando diferentes ações na região da Serra do Amolar para criar áreas de prevenção ao fogo.
Conforme divulgado pelo IHP, até este domingo (8), houve manutenção de aceiros e rotas de fuga para animais na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Rumo Oeste, que fica às margens da baía Gaíva e quase fronteira com a Bolívia.
Além da linha de atuação perto do Território Indígena Guató, existe outra área, perto da região do Castelo (distante 3h de embarcação a partir de Corumbá-MS, rio Paraguai acima), que também há incêndio na Bolívia que vem avançando para o Brasil.
Conforme o FIRMS/Nasa, essas duas linhas de fogo, juntas, são de cerca de 80 km de extensão. Confira no mapa:
Impactos na Serra do Amolar
A Brigada Alto Pantanal é um programa de brigada permanente, gerido pelo Instituto Homem Pantaneiro, que atua na conservação e recuperação do Pantanal.
O foco desse programa é garantir não somente o combate a incêndios florestais. A equipe desenvolve uma série de ações ambientais na região da Serra do Amolar, local onde o IHP ainda mantém outro programa, que é a Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar (Rede Amolar).
A Rede Amolar representa esforços do Instituto com proprietários rurais para garantir um corredor de biodiversidade no Pantanal.
Esse corredor é o lar de mais de uma centena de espécies de animais e compreende paisagens de Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. Além disso, também serve de moradia para mais de uma centena de famílias ribeirinhas.
Incêndios ativos no Pantanal
Dos 112 incêndios registrados nas últimas semanas na região do Pantanal, 18 estão ativos, 23 estão controlados pela força-tarefa liderada pelo Centro de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – Prevfogo (vinculado ao IBAMA/MMA) e 71 já foram extintos.
O trabalho está sendo realizado pelas equipes brasileiras desde o mês de junho nos dois Estados.
✅ Siga o
✅ Siga o Jornal Midiamax nas redes sociais
Você também pode acompanhar as últimas notícias e atualizações do Jornal Midiamax direto das redes sociais. Siga nossos perfis nas redes que você mais usa. 👇
É fácil! 😉 Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.
💬 Fique atualizado com o melhor do jornalismo local e participe das nossas coberturas!
Notícias mais lidas agora
- Casal é feito refém por mais de 8 horas e amarrado durante roubo em sítio de MS
- ‘Me desafiou’: Mãe que matou adolescente esfaqueado tem audiência marcada em Campo Grande
- Adolescente tinha salário roubado pela mãe e diz ter usado cocaína pela 1ª vez para cometer o crime
- MAPA: Confira onde ficam os radares que mais multam em Campo Grande
Últimas Notícias
EUA: furacão Milton provoca um dos maiores êxodos da história do Estado da Flórida
A chegada do furacão Milton, provocou na terça-feira (8) um dos maiores êxodos da história do Estado da Flórida
Doleiros que trabalhavam para grupos criminosos são alvo de operação da PF em MS
Doleiros ‘lavaram’ mais de R$ 1 bilhão
Nasce Sophia, filha dos ex-BBBs Andressa Ganacin e Nasser Rodrigues
Ex-BBBs Andressa Ganacin e Nasser Rodrigues deram as boas-vindas à primeira filha, Sophia; menina nasceu há algumas semanas, mas só agora foi revelado
Operação Padroeira: PMA intensifica fiscalização no feriadão em MS
Patrulhamento visa coibir crimes ambientais, como a pesca predatória nos rios do Estado
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.