A Escola Estadual Professora Delmira Ramos dos Santos, no bairro Coophavila II, em Campo Grande, é a 16ª a ganhar uma reforma executada por internos do regime semiaberto da Penitenciária Gameleira. A ação faz parte de programa idealizado pelo Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Com um investimento total de R$ 650 mil, a obra utiliza a mão de obra prisional, além de recursos financeiros provenientes do desconto de 10% nos salários dos detentos que trabalham em convênios via poder público na capital sul-mato-grossense.
O valor arrecadado é destinado à compra de materiais para as reformas das escolas, fazendo com que os internos desempenhem papel ativo na revitalização de espaços públicos.
Segundo o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a equipe de trabalho é formada por 25 detentos que atuam como pedreiros, ajudantes de pedreiro, pintores, serralheiros, entre outros. Para executar o trabalho, todos são remunerados com um salário mínimo mensal durante os cinco meses previstos de execução da obra.
Além de oferecer trabalho, a iniciativa tem um caráter pedagógico e educativo, promovendo a remissão de pena dos detentos, capacitação profissional e devolvendo à sociedade um benefício tangível.
A obra
A escola Delmira Ramos, que possui 2.227 m² de área construída e atende 296 alunos do 4º ao 9º ano do ensino fundamental em período integral, contará com uma revitalização completa. A obra inclui, desde a reforma do telhado e dos banheiros, até a instalação de novos forros, pintura geral, reestruturação hidráulica e melhorias na cozinha e despensa.
Além dos reparos, a unidade vai ganhar adaptações para acessibilidade e bancos de alvenaria serão instalados no pátio, além de uma nova cobertura na entrada. Também estão no escopo a quadra esportiva, jardinagem, manutenção de portas e janelas e reestruturação elétrica e hidráulica.
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