Mesmo com baixas temperaturas e umidade do ar mais elevada, em comparação com as últimas semanas, as equipes de combate aos incêndios florestais no Pantanal continuam ativas pelo ar, terra e água.
De acordo com informações do SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Corumbá, um foco de incêndio permanece ativo no Pantanal sul-mato-grossense, na região do Tagiloma, conhecido como Maracangalha.
Os novos focos ativos na região de Maracangalha mobilizaram bombeiros e brigadistas para combater surgimento de incêndios de grande proporção, desde a manhã desta sexta-feira (12).
Conforme divulgado pelo Governo do Estado, uma força-tarefa atua para realizar não apenas as ações de combate ao incêndio, mas também implementar medidas de controle e monitoramento.
As condições atuais não são favoráveis à propagação do fogo, mas o cenário positivo não permite que haja desmobilização e o alerta é constante, já que para as próximas semanas o forte calor e o tempo seco, elementos determinantes na expansão dos incêndios, devem retornar.
Além disso, continua o trabalho de rescaldo e prevenção em diversas áreas atingidas pelos incêndios florestais em junho.
Outros pontos de atenção
Outro ponto de atenção se concentra na região do Paraguai Mirim, onde equipes trabalham para evitar o aumento dos focos de incêndio e assegurar que tais focos permaneçam confinados na área isolada ao longo das margens do rio Paraguai.
Segundo o Corpo de Bombeiros, devido à riqueza de materiais orgânicos inflamáveis ali presentes, o solo pantaneiro é fértil para a propagação do fogo, com as popularmente conhecidas turfas, responsáveis pelo conhecido ‘fogo subterrâneo’ no bioma.
Aeronaves da Força Aérea e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) dão apoio ao trabalho de monitoramento e controle.
A preocupação também agora é com a queima lenta nas áreas já queimadas, com troncos de árvores ainda acesos, por exemplo. Daí surge a necessidade de rescaldos e cortes para evitar novos incêndios.
Equipes atuam no combate às chamas
Atualmente, há 95 bombeiros militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuando na Operação Pantanal 2024, dos quais 60 estão nas equipes de combate em solo e 35 compõem o SCI, distribuídos em Campo Grande e Corumbá.
Existe também o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.
Tal esforço concentrado teve seu pico há duas semanas, quando os incêndios florestais alcançaram grandes proporções. Diante do trabalho direto de combate e reforço federal, aliado à condição climática, houve uma queda nos números de locais com fogo e de focos ativos.
Área queimada do Pantanal
Desde o começo do ano até 9 de julho, 594 mil hectares foram queimados no Pantanal Sul-mato-grossense, correspondendo a 6% do total de 9 milhões de hectares da região pantaneira no Estado.
O aumento chega a 159% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 229,4 mil hectares — considerada até então, a pior temporada de incêndios.
Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3.098 de janeiro até 9 de julho, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais). Aumento de 46,8% em relação ao mesmo período de 2020, quando houve 2.111 registros.
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