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Cotidiano

Dia Mundial do Rim: 187 pessoas em MS aguardam transplante do órgão e especialista faz alerta

Saiba dicas de como evitar problemas renais
Lucas Caxito -
Montagem Dia Mundial do Rim. (Reprodução, Getty Images)

Dificuldade para urinar, incômodo abdominal e dores incessantes que irradiam pelas costas são os principais sintomas de cálculos renais, que surgem quando o acúmulo de minerais no processo de filtragem do sangue forma pequenas pedras no órgão.

Esse fenômeno, por sua vez, está associado a mais comportamentos: baixa ingestão de água e alimentação incorreta, dentre outros.

São vários os maus hábitos que ocasionam problemas renais. A repetição dos mesmos ocasiona desde pedras nos rins a problemas mais graves, que também estão associados a outros aspectos, como predisposição familiar e outras doenças crônicas. Mas, o fato é um só: beber água e alimentar-se bem podem ser diferenciais entre um rim saudável e um defectível.

Celebrado a cada 2ª quinta-feira do mês de março – no caso, nesta quinta-feira (14) – o Dia Mundial do Rim vem nessa toada de alertar para a importância dos cuidados preventivos e do diagnóstico precoce para doenças relacionadas aos rins. A doença renal crônica, por exemplo, se não tratada, pode evoluir para estágios que necessitam tratamentos como transplante renal ou diálise.

É o que destaca ao Jornal Midiamax o nefrologista Johnathan Bueno Santos, do Hospital da Unimed. Ele ressalta a importância de se fazer o diagnóstico precoce objetivando tratamento adequado. “A grande maioria dos pacientes renais crônicos que a gente tem hoje não tiveram acesso à informação e, por isso, não puderam começar um tratamento precoce”, relata.

Nefrologista Johnathan Bueno Santos. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Diversos fatores podem levar à insuficiência renal crônica, como a diabete, a hipertensão arterial sistêmica, a obesidade, doenças cardiovasculares e tabagismo. Entre os principais sintomas estão: mudanças na urina (espuma, alteração de cor, sangue, dificuldade para urinar), dores nas costas, inchaço no corpo, fraqueza e cansaço.

Entre as principais dicas, o especialista recomenta que os pacientes mantenham hábitos saudáveis durante a rotina.

“Recomendamos aos pacientes terem bons hábitos de saúde, principalmente quem tem doenças crônicas como hipertensão e diabete. É importante que as pessoas façam o exame de creatinina ou o de urina simples, para caso tenha alguma anomalia, podermos fazer um diagnóstico precoce e iniciar um tratamento também precoce”, recomenda.

Quais alimentos evitar?

Quando o assunto é pedra no rim, alguns alimentos podem contribuir para agravar o quadro da nefrolitíase – nome técnico dado para a doença. Johnathan Santos comenta que o principal vilão na formação do cálculo renal são os alimentos ricos em sódio.

“O refrigerante e os alimentos industrializados contribuem para a nefrolitíase por terem um nível maior de sódio. Os principais cálculos renais que a gente trata, que são as pedras no rim, são de oxalato de cálcio, mineral que se forma em urina ácida. Então de uma maneira geral, deve-se evitar alimentos com muito sódio”, esclarece o especialista.

Tratamento

A hemodiálise é um procedimento médico utilizado para filtrar o sangue quando os rins não conseguem realizar essa função adequadamente. Normalmente, os rins são responsáveis por filtrar resíduos, excesso de sais e líquidos do sangue, produzindo urina como resultado. Quando os rins estão comprometidos em razão de alguma doença, a hemodiálise é necessária para realizar essa função de filtragem.

Após ser filtrado, o sangue limpo é devolvido ao corpo pela mesma via de acesso vascular. O processo de hemodiálise geralmente dura algumas horas e é realizado várias vezes por semana, dependendo da necessidade de cada paciente e da gravidade da condição renal.

Mas, há situações em que o transplante renal torna-se a principal indicação.

Cenário em Mato Grosso do Sul

Conforme o Ministério da Saúde, o transplante de rim representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos realizados no Brasil. Em números absolutos, o país ocupa a terceira posição mundial entre os maiores transplantadores de rim.

Em Mato Grosso do Sul, 187 pessoas esperam na fila do transplante de rim, conforme dados atualizados em 28 de fevereiro. No ano passado, 30 transplantes renais foram realizados no Estado.

Importante lembrar que nem todo transplante renal é decorrente de maus-hábitos alimentares e de baixa hidratação. Contudo, a ingestão correta de líquidos e de alimentos saudáveis podem, sim, ser um diferencial para rins saudáveis. Já bebeu água hoje?

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