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Cotidiano

Covid no trabalho: surtos podem ser evitados com cuidados individuais e medidas de biossegurança

Apesar do fim da pandemia, protocolos de biossegurança seguem imprescindíveis para evitar a disseminação de Covid-19
Lethycia Anjos -
Caso de Covid nas empresas (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Quatro anos após o início da pandemia de Covid-19, os casos positivos da doença seguem sendo registrados diariamente. E pessoas seguem morrendo: o último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) registrou sete óbitos e 1.365 novos casos. Conforme a SES, de janeiro até a primeira semana de março, foram notificados 6.137 casos da doença, dos quais 41 resultaram em óbito.

Embora a situação esteja sob controle, se comparado aos anos anteriores, as medidas de biossegurança e a vacinação permanecem como os principais meios de evitar novos casos positivos da doença. Assim, acende o sinal de alerta quanto a possibilidade de novos surtos da doença na cidade e a necessidade de precauções.

Para piorar a situação, devido à imunização e repetidas exposições à Covid, os sintomas têm se manifestado antes da geração de antígenos pelo organismo. Assim, é comum que os testes não reajam, acusando falso-negativo, já que somente dali a alguns dias os antígenos iriam confirmar a infecção pelo coronavírus.

Cuidado individual em ambientes coletivos

O que fazer, portanto, quando um caso positivo ocorre em uma empresa com centenas de funcionários? Para entender as responsabilidades da empresa e sobre como prevenir possíveis surtos, o Jornal Midiamax conversou com o técnico de Segurança no Trabalho, Readir Andrade, cuja primeira recomendação foi um alerta ao cuidado individual em ambientes coletivos.

Ou seja: todo mundo tem que se cuidar, principalmente se a pessoa pertence a algum grupo de risco, seja com higienização redobrada ou uso preventivo de máscaras, e imunização. Mas, se o vírus rompe essas barreiras, há outras etapas para conter os surtos.

“O funcionário que apresentar sintomas deve informar à empresa, adotar uso de máscaras, e fazer o teste conforme no tempo recomendado. Se o resultado for positivo, as empresas devem iniciar os protocolos internos de biossegurança”, explica.

Ele explica que os protocolos de biossegurança consistem em um conjunto de ações voltadas para prevenir, minimizar ou eliminar os riscos de contaminação. Como a disponibilização de máscaras e álcool em gel a todos os funcionários.

Assim, após um funcionário testar positivo, cabe à empresa afastá-lo temporariamente das atividades e informar os demais colaboradores que tiveram contato direto com ele. O empregado só deverá retornar ao trabalho quando autorizado por um médico.

É quando começam as responsabilidades da empresa em conter um eventual surto de caso positivo. “No setor onde houver um registro de caso positivo, todos os funcionários devem ser testados. Os protocolos incluem ampliar o afastamento e adotar todas as medidas de higienização e sanitização, além do uso de máscaras”, destaca.

álcool em gel
Uso de álcool em gel segue entre as recomendações (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Entre as recomendações para prevenir a disseminação da Covid estão:

  • Utilizar apenas a saída de água do bebedouro para encher recipientes;
  • Higienizar o posto de trabalho e objetos de uso frequente;
  • Utilizar papel toalha e álcool 70%;
  • Reaplicar álcool em gel nas mãos sempre que preciso;
  • Manter a distância de segurança de 1 (um) metro entre pessoas;
  • Ao tossir ou espirrar, mesmo usando máscara, recorrendo à etiqueta da tosse (com a boca e narinas protegidas pelo antebraço para conter possíveis gotículas).

Uso correto das máscaras

Para evitar que o vírus se espalhe, a recomendação é que os demais funcionários utilizem máscaras de proteção. No entanto, é preciso estar atendo ao uso correto do item:

  • Antes de colocar ou retirar as máscaras, higienizar as mãos;
  • Utilizar sempre o elástico ou a tira de amarração para manusear a máscara;
  • Evitar tocar na máscara ao longo do dia;
  • A máscara deve cobrir adequadamente o nariz e a boca. Nunca utilizar abaixo do queixo ou do nariz;
  • Trocar a máscara sempre que estiver úmida.

Além disso, cabe ao RH (Recursos Humanos) das empresas monitorar as equipes para o controle da Covid-19 em caso de testes positivos. Conforme as diretrizes da empresa e as orientações jurídicas, a área de recursos humanos deve estar preparada para apoiar tanto os empregados quanto eventuais casos de contaminação.

Readir explica que, mesmo após o fim da pandemia, os protocolos de biossegurança permanecem obrigatórios em todas as empresas, uma vez que também previnem surtos de outras doenças, como a gripe.

“No pós-pandemia, houve uma mudança interna em todos os critérios de abordagem, independentemente do segmento da empresa. O que determina a proliferação ou não são os cuidados preventivos de cada local”.

Surto de Covid no HRMS

hrms

O último surto de Covid memorável em Mato Grosso do Sul foi registrado em janeiro deste ano. O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) suspendeu cirurgias eletivas e restringiu as visitas como medida de reorganizar recursos e segurança sanitária na unidade, diante de um surto de Covid-19.

A situação, segundo o hospital, é ainda mais complicada devido ao baixo estoque de álcool 70% e substituição para clorexidina 0,5%, que teria a mesma eficácia para limpeza dos setores.

“Hospital Regional de Mato Grosso do Sul informa que devido à recente elevação no número de colaboradores com atestado médico, parte com Covid-19, algumas medidas foram adotadas por recomendação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do hospital a fim de evitar a transmissão de infecções”, diz a nota.

Na época, o hospital anunciou a suspensão temporária de cirurgias eletivas a partir de 15 de janeiro, com previsão de retomada após 5 dias; limitação de apenas uma visita por paciente e uso obrigatório de máscaras.

Casos são monitorados diariamente

Para evitar um novo surto da doença, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) recomenda medidas de prevenção como uso de máscara, principalmente por pessoas imunocomprometidas e idosos. O risco também é maior para crianças menores de 2 anos e, por isso, familiares e cuidadores devem redobrar os cuidados.

“A melhor estratégia de prevenção é a vacinação, que segue disponível em todas as unidades de saúde do Estado”, afirma a pasta.

Conforme a SES, os novos casos são monitorados diariamente, assim como as internações por Covid-19 e óbitos registrados em todo Estado.

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