Carne bovina deve ficar ainda mais cara e pesar orçamento no fim de ano, confira preços

Aumento tem sido gradual e mais perceptível nos últimos três meses

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Preço da carne bovina (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

O churrasco de final de ano vai ficar salgado. Na verdade, já está devido ao aumento no preço da carne, e continuará assim em 2025, indicam economistas. A falta de bois para consumo interno é um dos fatores que influencia nos aumentos.

O consumidor Willian Rodrigues, de 49 anos, tem percebido isso. Ele compra carne com frequência para a família dele, de cinco pessoas. Como prefere carne fresca, ao invés de congelada, ele frequenta o mercado e açougue praticamente toda semana.

Nos últimos três meses, notou um aumento gradual nos preços da carne, pesando no orçamento.De setembro a outubro, a alta da carne foi de 8,62% em Campo Grande, conforme levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). E em novembro ao aumento continuou.

“Algumas semanas atrás eu pagava de R$ 32 a R$ 34 no quilo do contra filé. Hoje está R$ 42. Em três meses subiu R$ 10 o quilo da carne”, detalha Willian.

E a perspectiva é de ainda mais aumento. O Midiamax conversou com representantes de cinco casas de carne de Campo Grande, e eles foram unânimes: o preço vai subir ainda mais.

Entre as explicações dos empresários estão a grande demanda de exportação de carne bovina para a mercado internacional e a falta de boi gordo para abate no mercado interno.

Motivos do aumento

A informação é confirmada por economistas e, segundo esses especialistas, a tendência é que a alta permaneça nos próximos meses. 

Isso porque os produtores de carne compraram seus insumos para a produção com preços elevados impulsionado pela pandemia de covid-19, que elevou preços entre 2021 e 2023. 

No entanto, com o fim da pandemia, o preço da arroba do boi voltou a preços antigos ao final de 2023 e em 2024, fazendo com que os produtores tivessem que vender sua produção a preços mais baratos. 

Com o preço da carne bovina operando abaixo do esperado, e com a exportação brasileira em alta e as pessoas continuando a consumir carne normalmente no Brasil, começou a faltar carne “na praça.”

Em julho de 2024 o mercado do boi gordo passou, inclusive, a apresentar sinais de escassez de oferta e frigoríficos tiveram que recuar nos abates. De 10 dias, as atividades caíram para 5 dias, patamares mantidos até hoje.

“Estamos agora em um momento do mercado cuja oferta não é suficiente para atender a demanda, e esse quadro deve perdurar pelo menos ao longo de 2025”, explica o economista Staney Barbosa Melo, do Sindicato Rural de Campo Grande.

“Teremos um ano de preços altos para a carne bovina. Esse período de preços altos deve estimular um novo período de retenção de fêmeas, que lá na frente se traduzirá em preços mais baixos novamente. Essa é a natureza deste mercado, um mercado de ciclo longo, sujeito às intempéries e aos riscos do mercado”, completa.

Preços atuais

Apesar da constante elevação nos preços, a pesquisa de valores ainda pode contribuir para a economia na hora de comprar. 

O preço do quilo de coxão duro, por exemplo, pode variar até 23.79% em Campo Grande. Confira a tabela abaixo com a variação de preços de alguns cortes de carne bovina praticados em 5 açougues de Campo Grande.  

Cortes de carne bovinaPreços por quilo (kg)
Contra filé R$ 46,99 a R$ 53,99
Miolo de agulhaR$ 31,99 a R$ 39,98
Coxão mole R$ 45,99 a R$ 54,99
Coxão duroR$ 41,99 a R$ 51,98
MúsculoR$ 29,99 a R$ 37,98

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