Sofás velhos, sacolas plásticas e restos de materiais de construção, somados a muita poeira, assim se encontra a Avenida Senador Filinto Müller, no Bairro Monte Alegre. Quem reside ao redor já perdeu as esperanças de ver a rua asfaltada e permanentemente limpa. Carros chegam de outras regiões e condutores despejam lixo no acostamento da avenida.
O decorador de eventos, Alexandre Lopes da Silva, de 44 anos, mora na rua Penalva, perpendicular à Avenida Filinto Müller, e afirma ver com frequência caminhonetes e caminhões transportando resíduos sólidos e descartando no meio da rua. “Eles limpam e fica Bonito ali, passa um ou dois dias o pessoal passa à noite e joga lixo tudo de novo. Chegam de caminhão e caminhonete e deixam ali”, conta.
Além do volume de lixos, a rua é mal iluminada, deixando o trajeto perigoso para quem precisa transitar por ela. Quando chove, a passagem fica quase impossível para quem precisa sair e entrar em suas casas. “A rua está melhor por causa de cascalhos que os próprios moradores jogam, mas quando chove a coisa fica feia aqui. A rua do lixo [Avenida Filinto Müller] alaga e precisamos dar volta por outras laterais”, comenta Alexandre.
Outra rua próxima, que também sofre com a falta de asfalto, é a Rio Oranges, por onde passa atualmente o ônibus da linha 503 – Iracy Coelho. O frentista, Damião Moisés de Moura, de 48 anos, mora há 10 anos na esquina da rua Pentecostes com a Rio Oranges, e diz que já foi prometido asfalto para a rua, mas nunca foi feito. “Já foi criado um grupo de moradores para discutir a questão do asfalto, veio até vereador aqui, mas não resolveu”, explica.
O mesmo ônibus passa pela Avenida Joana D’arc, levantando poeira no trecho sem asfalto. Os moradores da rua também já desistiram de esperar pelo asfaltamento. É o caso do motorista, Joaquim Teixeira de Araújo, de 53 anos, que mora no local há 30 anos. “Você lava a roupa, coloca no varal e já sai suja de casa. Os vizinhos do lado cansaram de esperar, faleceram e não viram mudança”, comenta.
Na Rua Baronesa de Itu, a situação é a mesma. Os próprios moradores tiveram que colocar pedregulhos na entrada de suas garagens para entrarem com o veículo. A dona de casa Cleide Oliveira, de 62 anos, comprou o terreno no local há 30 anos, e desde que mora na rua, não dá conta de manter a casa limpa, devido à poeira. “É difícil morar aqui, limpa e quando dá um chuvisco, a poeira vira lama. Os vizinhos da frente queriam até sair daqui. Eu falei com eles que moro aqui há tanto tempo que já perdi a esperança”, afirma.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a prefeitura sobre a situação das ruas no bairro Jardim Monte Alegre, mas não obteve resposta. O canal segue aberto para manifestações.
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