‘Todo ano é assim’, diz morador sobre fogo em terreno baldio que encobriu bairro com fumaça
Atear incêndio em entulhos, matagal ou outro meio de propagação de fogo que pode levar altos índices de fumaça é crime ambiental previsto em Lei Federal
Priscilla Peres, Clayton Neves –
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Fogo em um terreno baldio encobriu o Jardim Morenão com uma fumaça branca, na tarde desta quarta-feira (24), em Campo Grande. Moradores relatam dificuldade para respirar devido a fumaça e a baixa umidade do ar, mas admitem que a situação é típica da época do ano.
O incêndio ocorre na rua Mirai, no Jardim Morenão e o morador Marcio Pereira conta que todo ano é assim na região. Ele disse ter visto um homem saindo do terreno pouco antes do fogo começar, situação recorrente no bairro.
“O terreno é muito grande e por isso causa essa fumaça toda. Minha mulher teve que sair de casa com as crianças por que fica muito difícil para respirar”, conta ele.
Queimada é crime
Atear incêndio em entulhos, matagal ou outro meio de propagação de fogo que pode levar altos índices de fumaça é crime ambiental previsto em Lei Federal, com penalização, como sanções e multas. Conforme a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), apenas quatro autos de infração por queimada em terreno foram notificadas neste ano, o que equivale a uma por mês se considerar de janeiro a abril.
Em nota, o município informou que uma vez identificada a queimada urbana, o proprietário do imóvel é multado, de acordo com o Código de Polícia Administrativa do Município Lei n. 2909, Artigo 18-A “É vedado a utilização de queimadas para fins de limpeza de terrenos previstos neste artigo”.
“As denúncias relacionadas à queimadas devem ser formalizadas via Central de Atendimento 156 para que assim seja acionada a fiscalização é realizada a vistoria in loco. Destacamos que nos primeiros meses do ano passamos por períodos de intensas precipitações pluviométricas [chuvas]”.
Já o quantitativo de atendimento do Corpo de Bombeiros, de janeiro a 17 de maio, 990 ocorrência de queimadas em vegetação e lixo foram atendidas, sendo 371 pelo comando metropolitano e 420 no interior. No ano passado, o total de atendimentos chegou a 1.082, no mesmo período.
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