Os motoristas de aplicativo em Campo Grande aderiram à paralisação nacional da categoria em protesto às taxas cobradas pelas plataformas aos trabalhadores. Na manhã desta quarta-feira (9), houve campo-grandense que pagou o dobro no valor da corrida para o trabalho. Vale lembrar que em 15 de maio a categoria também manifestou pela mesma pauta.
Uma corrida que sairia por menos de R$ 20, da região do bairro Santa Luzia, até o centro, saiu por cerca de R$ 39 nesta manhã. Uma moradora do Coophasul já chegou a pagar R$ 15 em uma corrida até o serviço, mas hoje os preços disparam até R$ 44.
“Uma vez ficou R$ 24,00, mas cancelou. Depois apareceu uma mensagem dizendo que o serviço estava indisponível”, ela conta sobre um aplicativo de viagens.
De acordo com o presidente da APPLIC-MS (Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motorista Autônomo de Mato do Sul), Paulo Pinheiro, a paralisação parcial é para chamar a atenção das plataformas.
“Ainda temos algumas pautas para tratar com essas empresas que atendem com o transporte de passageiros privado. Estamos na discussão de uma melhora no repasse aos nossos profissionais, enfrentamos muita resistência por parte dessas plataformas, mas a luta ainda vai permanecer até atingirmos nossos objetivos”, ele afirma.
O presidente do sindicato afirma que a paralisação é ao longo do dia e que cada motorista escolhe o horário para aderir ao protesto, o que significa que os preços das corridas podem oscilar durante todo o dia.
“Lembrando sempre que com o valor dinâmico quem paga o preço infelizmente é a nossa população, algo que a APPLIC-MS não concorda de jeito nenhum, pois sabemos que essas empresas multinacionais podem muito bem melhorar essa porcentagem para a categoria sem precisar sacrificar a população”, aponta.
O balanço da APPLIC-MS aponta que, entre motoristas de aplicativo e motoentregadores, Campo Grande tem cerca de 12 mil profissionais na área.
