Nem propaganda do programa de incentivo da MSGás achou carro com GNV legalizado em Campo Grande

A divulgação do programa de incentivo ao uso do GNV (Gás Natural Veicular) em Mato Grosso do Sul também enfrentou problemas na busca de um carro com GNV legalizado em Campo Grande e acabou esbarrando na clandestinidade que domina as conversões no Estado.

Foto postada no Instagram da MS Gás e em notícia publicada no site oficial do Governo de MS ‘flagrou’ uma Blazer Ano 1997/1998 abastecendo com GNV em um dos poucos postos que oferecem o serviço em Campo Grande.

A aparente situação cotidiana, na verdade, expõe a clandestinidade que domina a conversão dos carros com GNV. Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, não consta a conversão da GM Blazer no cadastro do veículo – sendo apenas abastecido por gasolina. Ou seja, os próprios órgãos públicos divulgaram um veículo que roda ilegalmente em MS.

Procurada, a MS Gás respondeu à reportagem que a foto trata-se de um ‘alerta educativo’, por conta da campanha para incentivar o uso do GNV de forma legal com o pacote de benefícios.

Entre esse pacote de incentivos está redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 17% para 12% no GNV para os revendedores e expansão da rede de gás veicular no Estado. 

Outra medida é a isenção do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos) para veículos movidos por fontes alternativas de combustíveis. Além disso, o diretor-presidente do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Rudel Trindade, explicou que o órgão vai isentar quatro taxas para incentivar o consumo do GNV em MS.

Clandestinidade

O Jornal Midiamax mostrou em reportagem na segunda (19) sobre a conversão clandestina e os motivos por trás de sua ‘popularidade ilegal’. Além da credenciada, há apenas 8 postos de combustível que abastecem com GNV em Mato Grosso do Sul, todos em Campo Grande. Por isso, quem compra um veículo com esse combustível fica limitado a rodar apenas na Capital.

A política de incentivo ao uso do GNV (Gás Natural Veicular) lançada na semana passada em Mato Grosso do Sul também não anima empresários do setor de revenda de carros seminovos em Campo Grande.

Isso porque o custo de um carro movido a gás é maior e, paralelamente, lucro dos garagistas é menor. Além disso, as vendas empacam porque a vistoria anual a que o carro com GNV precisa ser submetido continuará sendo cobrada.