Municípios calculam prejuízos após tempestades destruírem 4 aldeias indígenas em MS

A tempestade do fim de semana causou diversos danos em Mato Grosso do Sul. Nas aldeias indígenas, casas foram destelhadas e barracos foram completamente destruídos devido à força dos ventos. Nesta segunda-feira (21), as coordenadorias da Defesa Civil dos municípios continuam realizando levantamentos para avaliar a extensão dos prejuízos.

Na região sul do Estado, as aldeias indígenas de Amambai, Tacuru, Paranhos e Eldorado foram afetadas. Os danos mais significativos ocorreram nas aldeias Jaguapiré em Tacuru, Ipo’i em Paranhos, Limão Verde em Amambai e Cerrito em Eldorado.

Em Amambai, cidade localizada a 301 km de Campo Grande, aproximadamente 24 casas foram destruídas na aldeia Limão Verde e duas na aldeia Amambai. Também foram registrados incêndios causados nas redes elétricas.

Conforme o prefeito de Amambai, Ednaldo Melo, a Defesa Civil do município está organizando um levantamento para determinar a extensão dos prejuízos nas comunidades indígenas locais.

“Inicialmente, essas são as informações que possuímos, mas a previsão é de que tenhamos um relatório completo com todos os detalhes até o final da tarde”, ressaltou.

Donizete Viaro, prefeito de Paranhos, enfatizou que os danos na aldeia Ipo’i ainda não foram calculados e que aguarda um parecer das lideranças indígenas sobre a situação real do local.

“Estamos aguardando que os líderes das aldeias forneçam o relatório dos danos. Ainda não dispomos de informações precisas, mas a prefeitura tomará as medidas necessárias com base nas informações que nos forem fornecidas”, explicou o prefeito.

Defesa Civil aguarda registros oficiais

Em comunicado, a Defesa Civil de Mato Grosso do Sul informou que ainda não há registros oficiais sobre os danos causados pela chuva.

“Os coordenadores das Defesas Civis Municipais não lançaram as informações na plataforma do Sistema Integrado de Riscos e Desastres. Caso ocorram desastres que tenham afetado a população indígena neste fim de semana, esclarecemos que os municípios devem responder prontamente às necessidades ou que não houve impacto devido à falta de registros oficiais por parte dos coordenadores municipais”, esclareceu o órgão.