Governo cria comissão para implantar centro de atendimento de menores vítimas de violência

Rede de proteção deve ter atendimento humanizado às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou violência

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comissão câncer
PMPI deverá proteger crianças do município de Bodoquena (Foto: Saul Schramm/ Governo de MS)

O Governo de Mato Grosso do Sul criou uma comissão de estudos técnicos para implantar o Centro de Atendimento Integral e Multidisciplinar da Criança e do Adolescente no Estado. A criação foi publicada em Diário Oficial, nesta quinta-feira (9).

A comissão é formada por cinco delegados da Delegacia-Geral da Polícia Civil. O grupo vai analisar e avaliar as temáticas das áreas atribuídas para apresentar um relatório sobre o tema. O documento deve sair em 20 dias.

A previsão é de que seja formalizado equipamento que atue com rede de proteção e atendimento humanizado às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou violência, bem como oferecer acolhimento e encaminhamento das denúncias de forma rápida e especializada.

A publicação foi assinada pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel Filho. O texto considera que o Centro de Atendimento da Criança e do Adolescente será alicerçado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tem como princípios básicos a proteção integral, a prioridade absoluta e o melhor interesse da criança e do adolescente.

A comissão de estudos técnicos criada hoje pela Polícia Civil é presidida pelo delegado Márcio Custódio e composta pelos também delegados Christiane Grossi, Jairo Carlos Mendes, Marcos Takeshita e Edilson dos Santos.

Objetivos

O objetivo da comissão é buscar todas as informações necessárias para que o projeto seja apresentado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. “Esse Centro será um local de atendimento integral, porém também com as presenças de órgãos públicos municipais, estaduais e federais”, explicou Gurgel Filho.

Segundo o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, o plano é implantar um setor em sintonia com o município, a Defensoria Pública, Ministério Público, Poder Judiciário e Polícia Civil, que atenda crianças e adolescentes vítimas de maus tratos, crimes sexuais, entre outros.

Atendimento

O Centro deve funcionar nos moldes da Casa da Mulher Brasileira, onde a vítima passe por triagem, atendimento psicossocial, registro de ocorrência, exames de corpo de delito – quando for o caso -, e seja, de imediato encaminhada aos órgãos ou serviços disponíveis.

Ele deverá integrar a estrutura da Polícia Civil e será voltado exclusivamente para o atendimento integral e acolhimento de crianças e adolescentes em situação de violência, bem como das vítimas ou testemunhas de crimes que envolvam esses indivíduos.

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