Final feliz: Irmãs que tiveram sonho do balé frustrado ganham bolsa após reportagem do Midiamax

Agora, as meninas estão ansiosas para começar no balé e mãe já prevê noites sem dormir

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Meninas prontas para a aula que não aconteceu (Foto: Fala Povo/ Jornal Midiamax)

Após aguardarem ansiosas pela primeira aula de balé e terem o sonho frustrado em Campo Grande, duas irmãs, de 7 e 4 anos, vão conseguir finalmente realizar o sonho de serem bailarinas após o Jornal Midiamax divulgar a história de tristeza e frustração da família.

A mãe Barbara Mascarenhas Borba, 35 anos, contou que as meninas estão obcecadas pelo balé, mas a família não tem condições de arcar com o custo de aulas particulares. Após aparentemente conseguir uma bolsa, um grande mal entendido e a falta de empatia de funcionários de uma escola de Campo Grande transformaram o dia cheio de expectativa em tristeza para as meninas.

Horas após a divulgação da história, a frustração se tornou esperança para as irmãs. O projeto Bassetto Ballet deu duas bolsas 100% para as meninas entrarem para o mundo do balé. A primeira aula já tem data e hora: sexta-feira (19) às 13h30.

Segundo um dos gestores do local, Adalton Bassetto, uma influencer que ajuda no projeto encaminhou a matéria do Jornal Midiamax e, imediatamente, foi feito contato com Bárbara para oferecer a bolsa.

De acordo com a mãe, as meninas estão muito animadas. “Estão contando o dias no calendário. A autista está bem ansiosa, vão ser noites sem dormir direito. Ela toda hora fica arrumando a roupinha dela; conferindo tudo; disse que falta a bolsinha e para arrumar garrafinha de água”, conta à reportagem.

A menina de 4 anos tem autismo (TEA) e a mais velha diagnóstico de hiperatividade (TDA, TDH e leve retardo mental), o que potencializa a vontade delas por algo específico. “É o que os especialistas chamam de hiperfoco. Há dias e dias elas pedem para fazer aula de balé”.

Sonho em pesadelo

Até que na semana passada a mãe conseguiu conversar com uma escola particular, que aceitou as meninas como bolsistas e confirmou a primeira aula na terça-feira (16). “Providenciei toda a documentação que me pediram e avisei que minha filha é autista”, diz.

A família “se virou” para conseguir arcar com os gastos das roupas próprias para balé e os R$ 55 do transporte para ir e voltar do Jardim Noroeste, onde moram, até a região central de Campo Grande.

“As meninas estavam super empolgadas. Desde domingo, quando contei, elas estavam super agitadas para ir para a aula. Mas quando chegamos lá, ninguém sabia de nada e mandaram a gente esperar”, conta a mãe.

Barbara lembra que passou mais de uma hora esperando, com as meninas vestidas de bailarina e os documentos em mãos. “Eles disseram que não sabiam de nada e também não deixaram as crianças nem assistir a aula que estava tendo no momento. As meninas ficaram arrasadas, saímos todas chorando de lá”.

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