Sejusp promete alterações e apela para CRM liberar exames de corpo de delito na Casa da Mulher

Exames no local foram suspensos após parecer do CRM impedir presença de médicos em delegacias

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casa da mulher brasileira
(Foto: Henrique Arakaki – Jornal Midiamax)

O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), se reuniram, na tarde desta quarta-feira (31), para discutir o funcionamento do Imol dentro da Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande.

Na ocasião, o Coronel Wagner Ferreira da Silva, secretário executivo da Sejusp, apresentou o projeto da planta baixa do local, detalhando a divisão dos ambientes e formato de atendimento às vítimas que são ali recebidas.

“Temos uma preocupação em zelar por aquelas que procuram assistência na Casa da Mulher, por isso estamos dispostos a readaptar nossa estrutura para a volta dos atendimentos”, declarou o secretário.

O que diz o CRM?

Segundo o presidente do CRM, José Jailson, toda esta situação causa preocupação à entidade, mas o conselho como autarquia federal precisa fiscalizar as demandas solicitadas e cumprir as obrigações conforme determina o que está preconizado no Código de Ética Médico do CFM (Conselho Federal de Medicina).

“Emitimos o parecer em relação ao fechamento do Imol da Casa da Mulher de forma técnica e conforme a resolução 1635/2002, porém também não ficamos confortáveis, já que entendemos a necessidade de um atendimento mais acolhedor a estas pessoas em situação de vulnerabilidade”, esclarece o presidente do conselho.

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Presidente do CRM, José Jailson, o Secretário Executivo da Sejusp, Coronel Wagner Ferreira e Coordenador-Geral Adjunto de Perícias, Nelson Firmino Junior (Foto: Divulgação/ CRM-MS)

Revisão

Como primeira medida, a Sejusp encaminhará uma solicitação para nova revisão de parecer, apresentando todos os aspectos estruturais e administrativos os quais não foram possíveis ser avaliados pela fiscalização do CRM/MS.

Após a apreciação do documento, será encaminhado ofício ao CFM para que a proposta seja reavaliada em cima das condições atuais, já que resolução foi definida em 2002.

“Entendemos que todos temos interesse nesta pauta e vamos fazer o que for possível para que tenhamos uma resposta rápida e favorável à população. A revisão é o primeiro passo, mas vamos seguir com outras atividades no sentido de fortalecer nossas ações em prol a esta causa”, explica Jailson.

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