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Cotidiano

Com as férias, crianças e adolescentes de até 14 anos são principais vítimas de acidentes domésticos

Para SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), 90% dos casos poderiam ser evitados
Fábio Oruê -
acidente
Imagem ilustrativa de crianças (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Com crianças e adolescentes mais tempo em casa por conta do período de férias, esse grupo acaba ficando mais suscetível a acidentes domésticos. Segundo dados do Ministério da Saúde, os principais alvos são o grupo de zero a 14 anos.

Segundo a supervisa do Complexo Regulador e especialista em Terapia Intensiva, Urgência e Emergência da Unimed , Ariane Mendonça, pais e responsáveis devem ter vigilância redobrada, principalmente neste período e com as ondas de calor.

“Evitar deixar crianças sob cuidados de outras crianças, mesmo que maiores, instalar redes de proteção ou grades nas janelas e barreiras em escadas e lajes tornam o ambiente doméstico mais seguro para os pequenos”, diz.

Quedas, sufocamentos, queimaduras, afogamentos e intoxicações são os acidentes mais recorrentes. Segundo o DataSUS, do Ministério da Saúde, o país contabilizou 1.616 óbitos de crianças devido a acidentes domésticos nos anos de 2020 e 2021, último período com registro específico sobre o tema.

Porém, de acordo com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), 90% desses incidentes seriam evitáveis mediante a implementação de simples medidas preventivas.

Diversão com segurança

Ariane aponta que brincadeiras em banheiras, baldes, tanques, bacias e caixas d’água devem ser sempre supervisionadas, especialmente na faixa etária de um a nove anos, que apresenta maior vulnerabilidade.

Além de não deixá-las desacompanhadas em atividades aquáticas, é fundamental instalar barreiras de acesso à água e fornecer educação aquática para crianças em idade escolar. Segundo ela, os locais da casa onde ocorrem mais acidentes são banheiros, lavanderias e áreas de lazer.

A supervisora destaca também que, enquanto crianças menores geralmente se afogam devido ao fácil acesso a locais com água, adolescentes se afogam devido à inabilidade de natação, falta de conhecimento sobre o local, cansaço, cãibras, traumatismos por mergulho e até mesmo por ingestão de álcool.

crianças
Crianças e adolescentes de zero a 14 anos são principal alvo (Freepik)

Acidentes evitáveis

Outro acidente comum é o que resulta em queimaduras, geralmente ocorrendo em banheiros, cozinhas e áreas de serviço. Medidas simples, como verificar a temperatura da água durante o banho (ideal 37ºC) e não consumir líquidos quentes enquanto estiver com a criança no colo, podem prevenir consequências trágicas.

Na cozinha, cercar o fogão com uma grade, usar as bocas de trás e direcionar os cabos das panelas para o centro do aparelho ajudam a reduzir os riscos, especialmente com crianças menores. “É crucial manter a criança afastada do fogo, aquecedor e ferro elétrico, além de proibir brincadeiras com fogo”, aconselha.

Cozinhas e áreas de serviço também demandam atenção especial, pois são locais de armazenamento de produtos de limpeza e/ou medicamentos. “A intoxicação ocorre devido ao fácil acesso e poderia ser evitada se esses itens fossem guardados em locais altos e trancados”, diz.

Crianças também estão mais propensas a casos de sufocação. A socorrista orienta a oferecer brinquedos grandes e inquebráveis, afastar sacos plásticos, cordões e fios, sendo necessários cuidados. “Com bebês, é preciso ter prudência para evitar que o rosto seja coberto por lençóis, cobertores, almofadas e travesseiros”, ressalta.

O que fazer caso aconteçam acidentes?

A especialista reforça que os cuidados devem ser imediatos em caso de acidentes. “A ajuda médica deve ser solicitada sempre que a situação resultar em danos significativos, causar inconsciência, dificuldade respiratória, convulsões ou qualquer outra situação que represente risco de vida”, oriente.

“Não subestimemos as situações. Crianças tomam decisões de forma rápida e impulsiva”, alerta Ariane.

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